A pneumonia é uma enfermidade que pode atingir estágios graves e levar à morte pessoas de todas as faixas etárias, mas em especial crianças até 5 anos de idade e idosos acima dos 65 anos. É o que explica um artigo sobre o tema publicado pela Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde do Brasil.
Por isso mesmo, o Dia Mundial da Pneumonia, que ocorre anualmente em 12 de novembro, foi criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2009 para conscientizar sobre a importância da prevenção da doença.
Como detalha a Organização da Saúde, a pneumonia acontece quando “os alvéolos (pequenos “sacos” que formam os pulmões e se enchem de ar quando uma pessoa saudável respira) de um indivíduo ficam cheios de pus e fluido, o que torna a respiração dolorosa e limita a ingestão de oxigênio”. Essa infecção é transmitida através do contato com quem está infectado.
Os sintomas da pneumonia são bastante característicos. “Suas principais manifestações clínicas são tosse com produção de expectoração; dor torácica, que piora com os movimentos respiratórios; mal-estar geral; falta de ar e febre”, explica a Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde do Brasil.
Uma criança sendo tratada contra pneumonia na cidade de Ulaanbaatar, capital da Mongolia. Menores de 5 anos de idade estão entre os grupos de risco para esta doença.
De acordo com um artigo do National Geographic dedicado ao tema, foram identificados quatros tipos diferentes de pneumonia, embora os sintomas sejam bastante similares. A tipificação da doença é feita com base na sua causa e, sendo assim, ela pode ser bacteriana, viral, fúngica e adquirida no hospital. A inalação de produtos tóxicos derivados da poluição do ar também causa essa enfermidade.
No entanto, na maioria das vezes, não há como saber se uma pneumonia está sendo causada por uma bactéria, um vírus ou um fungo apenas por exame. “Em vez disso, os especialistas tratam a pneumonia com base nos sintomas do paciente e em seu histórico médico, usando essas informações para determinar o melhor curso de tratamento”, informa o artigo de NatGeo.
Ainda segundo o artigo, a pneumonia bacteriana é o tipo mais comum e seu tratamento é feito com antibióticos. Quanto mais cedo ele for administrado, melhor as chances de cura e de diminuir a gravidade dos casos.
Na sequência de diagnósticos estão os casos de pneumonia viral, causada por organismos como o Sars-CoV-2 – o vírus da Covid-19 – ou o VSR. Este é “um vírus respiratório que geralmente resulta em sintomas leves, semelhantes aos de gripes e resfriados", diz o texto de NatGeo. “Muitas dessas infecções virais começam nas vias aéreas superiores e depois descem para os pulmões”, finaliza.
Micrografia eletrônica de varredura da bactéria Mycobacterium tuberculosis, que causa a tuberculose, e é conhecida também como Bacilo de Koch.
Um processo bastante parecido de inflamação dos pulmões acontece com a tuberculose, que também é uma doença infecciosa, porém bem mais transmissível. Ela é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch.
Ainda que “afete prioritariamente os pulmões, também pode acometer outros órgãos e/ou sistemas”, explica um artigo sobre o tema no site do Ministério de Saúde brasileiro.
Quem está sofrendo de tuberculose pode desenvolver quadros graves de pneumonia, como a chamada Tuberculous pneumonia (Pneumonia Tuberculosa). “Trata-se de uma forma clínica mais rara de tuberculose pulmonar, em comparação com a forma gânglio-pulmonar”, detalha um estudo de caso publicado pela da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.
É importante não confundir as duas enfermidades. A pneumonia comum, por exemplo, pode ser causada por diversas bactérias, enquanto a tuberculose tem como agente apenas o bacilo de Koch.
A tuberculose também tem um período de manifestação da doença mais longo (e por isso mesmo ela é mais contagiosa). Entre seus sintomas estão, por exemplo, quadros de tosse que duram três semanas ou mais, e podem seca ou incluir catarro, como explica o Ministério da Saúde brasileiro. Já a pneumonia comum piora de forma mais aguda e rapidamente.
É preciso ressaltar ainda que o tratamento contra a tuberculose é longo e, se não feito adequadamente, “pode resultar no desenvolvimento de tuberculose drogarresistente”, ou seja, aquela que resiste aos antibióticos.
De acordo com dados atualizados da Organização Mundial da Saúde publicados em 29 de outubro de 2024, “a tuberculose voltou a ser a principal causa de mortes por doenças infecciosas no mundo, com 8,2 milhões de novos casos diagnosticados, superando a Covid-19”.
Trata-se do maior número registrado desde que a OMS iniciou o monitoramento global da tuberculose em 1995, o que faz da tuberculose “a principal doença infecciosa mortal em 2023”.