No Panamá, uma infestação de larvas da chamada mosca da bicheira, representam um risco sério para a saúde de animais e seres humanos.
Essas larvas podem se alimentar de tecidos vivos, provocando feridas abertas e aumentando o risco de infecções graves. Apesar dos esforços de controle e vigilância, surtos ocasionais ocorrem, especialmente em áreas rurais, destacando a necessidade de estratégias de prevenção para proteger a saúde pública e a pecuária panamenha.
Segundo a revista britânica The Economist, a América Central enfrenta o pior surto nas últimas décadas intensificando os desafios sanitários na região. Mesmo com os esforços de controle e vigilância, surtos severos ocorrem, especialmente em áreas rurais.
Nesta terça-feira (29), a embaixadora dos Estados Unidos no Panamá, Mari Carmen Aponte, realizou uma reunião com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Roberto Linares, e sua equipe técnica, visando discutir estratégias para combater o surto de mosca da bicheira na pecuária do país. Foram abordadas medidas para reduzir, mitigar e suprimir os casos dessa infestação.
Estados Unidos e o Panamá mantêm uma barreira de moscas estéreis ao longo da fronteira entre o Panamá e a Colômbia para conter o avanço do verme, uma estratégia em vigor há décadas que ajuda a evitar a reinfestação em áreas anteriormente erradicadas. Essas moscas estéreis, lançadas semanalmente em abundância, interrompem o ciclo reprodutivo do parasita.
Os casos de mosca da bicheira no Panamá aumentaram drasticamente desde maio de 2024, com mais de 19.700 infecções registradas até o momento. Historicamente, o país registrava uma média de apenas 100 casos por ano. Segundo um pecuarista ouvido pela The Economist, “essa praga voltou e está mais forte do que nunca”.