Diante dos surtos de coqueluche que vêm sendo registrados em países da Ásia e da Europa, o estado de Goiás está alertando a população sobre os perigos da doença, considerada de alta transmissibilidade. A vacinação, recomendada para crianças até 6 meses, tem baixa adesão no estado. A cobertura vacinal em 2023, por exemplo, ficou em 78,1%, quando o índice mínimo recomendado pelo Ministério da Saúde é de 90%.
Em Goiás, porém, o cenário ainda não preocupa. Isso porque o estado teve apenas dois casos confirmados nos últimos dois anos: em 2022 e 2024, nenhum com óbito. Apesar disso, o alastramento da doença em outras partes do mundo pode chegar ao Brasil. Segundo boletim epidemiológico divulgado pela União Europeia, houve crescimento da doença em pelo menos 17 países, com mais de 32 mil casos notificados.
Para ser considerada eficaz, a vacinação contra coqueluche é dividida em etapas. A primeira é a pentavalente, aplicada em três doses: aos 2, 4 e 6 meses de vida. Após isso, o reforço é necessário depois que a criança completa 1 ano e 3 meses. A última dose deve ser tomada aos 4 anos de idade. Somente após esse ciclo a criança é considerada imune. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza ainda o imunizante dTpa para a vacinação de gestantes, puérperas e de profissionais da área da saúde contra a coqueluche.