De acordo com o Instituto de Meteorologia (Inmet), Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro atingiram os maiores picos registrados neste ano.
A professora Renata Libonati, que coordenou o trabalho do Lasa/UFRJ, afirma que a pesquisa tinha como objetivo analisar o estresse térmico na América do Sul e como ele evoluiu ao longo dos últimos 40 anos.
O estudo, por meio de índices bioclimáticos, levou em consideração não apenas a temperatura, mas também aspectos como umidade do ar e o vento, para poder calcular os níveis de estresse térmico.
O trabalho focou nas 31 principais cidades da América do Sul com mais de 1 milhão de habitantes – 13 delas no Brasil – e analisou que em todas essas regiões houve um aumento gradativo e contínuo no número de horas de estresse térmico – com registros de até 12 horas ou mais consecutivas acima dos níveis ideais.
Esse aumento de temperatura corporal, inclusive, pode levar a problemas graves, como explica a professora à CNN: “O estresse térmico tem relação direta com problemas de saúde. Pode variar desde uma dor de cabeça ou cansaço até situações mais graves. A quem já é acometido de condições médicas pré-existentes, principalmente cardiovasculares, tem que ficar atento porque em níveis extremos pode até levar a óbito”.
A professora Renata Libonati citou ainda projeções obtidas pelo estudo: “Concluímos que o estresse térmico aumentou consideravelmente nos últimos 40 anos, mas deve também persistir pelas próximas décadas”.