Cerca de 40% da população brasileira possui alto nível de colesterol LDL (considerado o colesterol ruim, que obstrui artérias), segundo dados do Ministério da Saúde.
Trata-se de um fator de risco para doenças cardiovasculares, que levam a internações e, frequentemente, à morte. Ou seja, ao ter colesterol alto, a pessoa fica mais suscetível a sofrer, por exemplo, um infarto ou um acidente vascular cerebral (AVC).
Há alguns fatores que influenciam no nível de colesterol da pessoa, incluindo doenças relacionadas a hormônios (o hipotireodismo sem controle, por exemplo), questões genéticas, tabagismo, obesidade e, claro, a alimentação.
“Primeiro, é necessário diminuir a ingestão de carne vermelha e ovo”, explica João Vicente da Silveira, doutor em cardiologia e médico cardiologista do Hospital Sírio Libanês, na cidade de São Paulo.
Segundo o profissional, alguns alimentos que devem ser adotados na dieta para ajudar a diminuir o colesterol LDL são:
Outra mudança de hábito importante é a prática de exercícios físicos. “A atividade física ajuda não só a baixar o colesterol ruim, mas também a diminuir o açúcar no sangue e a perder peso. Mas essa atividade tem que ser contínua e aeróbica”, explica Silveira.
As atividades aeróbias citadas pelo profissional são aquelas que exigem uma grande quantidade de oxigênio para serem executadas e que trabalham vários músculos, levando ao aumento da frequência cardíaca e da respiração. São exemplos: natação, corrida e ciclismo.
Homens passam de bicicleta pela entrada da Kinnar Akhada no início da manhã.
Há também, no organismo humano, o colesterol HDL, chamado de colesterol bom. Segundo o Ministério da Saúde, ele auxilia na prevenção do acúmulo de gordura no sangue, e ingerir alimentos in natura (frutas, verduras e legumes) é muito importante para a sua produção.
Mas qual seria o nível adequado de cada tipo de colesterol no sangue?
“Existem metas a serem alcançadas. O colesterol HDL tem que estar maior que 40 miligramas por decilitro (mg/DL), e o colesterol ruim (LDL) tem que estar menor do que 140 mg/DL”, afirma Silveira.
“Quando o paciente é diabético, hipertenso, sofreu infarto, já tem artérias entupidas no coração, possui ponte de safena, é tabagista, entre outros casos, ele tem alto risco de doenças cardiovasculares. Nessa condição, o colesterol LDL tem que ser menor do que 50 mg/DL”, acrescenta o especialista. Todos esses valores são obtidos por meio de exames laboratoriais que usam uma amostra de sangue.
Em algumas situações, além das mudanças nos hábitos de vida, é necessário o uso de medicamentos. Por isso, para mais orientações e dúvidas, consulte seu médico. Apenas um profissional especializado pode interpretar o resultado dos exames, avaliar caso a caso e prescrever medicação.