Para a PF, no documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21), Bolsonaro “permeou por todos os núcleos” da organização criminosa apontada pela investigação.
Os núcleos são:
O relatório completo ainda está sob sigilo em posse do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, mas a CNN teve acesso a informações do documento.
No relatório, a PF aponta, ainda, que “o objetivo da orcrim [organização criminosa] era manter Bolsonaro no poder”.
Após um ano e dez meses de investigação, a PF indiciou nesta quinta-feira (21) o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas nesse inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil e plano de assassinar autoridades.
Também estão entre os indiciados alguns ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI) e Braga Netto (Defesa e Casa Civil).
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid também está na lista, além do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
O inquérito concluído abrange o envolvimento nos ataques de 8 de janeiro, em tramas golpistas durante a eleição presidencial de 2022, bem como o plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
A CNN tenta contato com a defesa de Bolsonaro sobre o relatório da PF.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, disse o ex-presidente em publicação no X (antigo Twitter).
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta.
Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, acrescentou.