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PF diz que Gustavo Gayer é figura central de esquema para desviar verbas parlamentares

Deputado é investigado pelos crimes de desvio de dinheiro público, falsificação de documentos e associação criminosa

Publicada em 25/10/24 às 14:13h - 18 visualizações

por Kativa FM \\ CNN Brasil.


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 (Foto: Kativa FM \\ CNN Brasil.)
A Polícia Federal aponta o deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) como sendo figura central de uma organização criminosa que tinha o objetivo de desviar verbas parlamentares. Gayer foi alvo nesta sexta-feira (25) de mandado de busca e apreensão.

“A Polícia Federal conclui pela identificação de um agrupamento de pessoas, com estrutura ordenada e divisões de tarefas, inserta em ambiente político, voltado para tredestinar verbas parlamentares, no caso sob a rubrica do deputado federal Gustavo Gayer, mediante expedientes fraudulentos, consistentes em falsificação de documentos, além do empenho de custos empresariais à conta pública”, sustenta o delegado Leonardo Américo Angelo Santos.

“Como não poderia deixar de ser, tratando-se de cota parlamentar, a figura central da organização nãop podia ser outro senão o membro do legislativo, ou quem flhe faça as vezes. No caso concreto, identificou-se com nitidez que Gustavo Gayer era quem dava a última palavra (autoria intelectual)”, diz o delegado.

O pedido de busca e apreensão foi feito em 23 de setembro pela Polícia Federal, recebeu no dia 3 de outubro o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR) e foi autorizado no dia 18 de outubro pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Gayer é investigado pelos crimes de desvio de dinheiro público, falsificação de documentos e associação criminosa. O deputado negou qualquer irregularidade antes de os detalhes da investigação serem tornados públicos.

“Eu nunca fiz nada de errado. Nunca cometi nenhum crime, mas estou sendo tratado igual um criminoso pela Polícia Federal e pelo Alexandre de Moraes”, afirmou em um vídeo publicado em suas redes sociais. O celular do deputado foi apreendido na operação.

O delegado afirma existirem indícios de que Gayer “pode ter empregado recursos públicos, de cota parlamentar, destinados a arcar com aluguem de gabinete parlamentar, que era usado para funcionamento de sua empresa particular – a escola de inglês Gayer e Gayer Idiomas”.

“Levantamento da PF constatou que o espaço físico locado com cota parlamentar seria utilizado não só para funcionamento da escola de inglês Gayer e Gayer Idiomas, mas também para o desempenho das demandas referentes à loja Desfazueli”, diz o delegado.

A suposta irregularidade era de conhecimento de assessores e auxiliares do deputado. A PF destaca troca de mensagens entre o assessor João Paulo de Sousa Cavalcante e o secretário parlamentar Marco Aurelio Alves Nascimento.


“E eu fico preocupado porque eu já falei pro GUSTAVO um dia eu chamei atenção sobre a questão da escola”, disse um dos auxiliares. A transcrição não indica a autoria da fala. As mensagens foram mantidas como transcritas pela PF.

“Ou seja a escola tá sendo paga com recurso público e tá sendo usada pra um fim totalmente que tipo num existe né num tem como ser assim e aí eles vão levando ou seja ainda não entenderam a gravidade sabe…”, mostra uma das mensagens.

“O GUSTAVO hoje é uma vidraça ele é um alvo e se for pra cima moço infelizmente a gente tá tipo errando né nesse sentido a gente tá pregando uma coisa e tá vivendo outra… infelizmente a gente tem muitas coisas erradas acontecendo aí”, finaliza um dos assessores.

A PF menciona ainda a contratação do assessor João Paulo de Sousa Cavalcante como suposto crime de peculato cometido por Gayer. Os investigadores encontraram indícios de que ele teria utilizado a empresa “Goiás Online”, contratada pelo gabinete de Gayer, para burlar a vedação legal à sua contratação como assessor parlamentar.

“O Deputado Federal Gustavo Gayer estava disposto a contratar João Paulo de Sousa Cavalcante para a função de secretário parlamentar e que tal contratação não foi possível diante da inexigibilidade de João Paulo em razão de ter tido prestação de contas eleitoral julgada omissa”, diz o delegado.

“Cientes da impossibilidade da contratação pelo gabinete legislativo, para burlar tal impedimento, foi firmada contratação por intermédio da empresa (Goiás Online). Com efeito, as atividades desempenhadas pela Goiás Online, sob a fachada de serviços de publicidade e marketing, na realidade consistiam em assessoria parlamentar, o que foi evidenciado pelo gerenciamento da agenda do Deputado por JOÃO PAULO”, afirma o delegado.




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