Com o resultado, Lula volta a ter a mesma aprovação registrada pelo levantamento em dezembro de 2023, antes das quedas registradas em fevereiro e maio. No último levantamento, a aprovação e desaprovação estavam empatadas tecnicamente.
Por que a aprovação de Lula subiu?
Segundo a pesquisa, a melhora da aprovação do presidente foi puxada pela população que ganha até dois salários mínimos, parcela na qual a aprovação subiu de 62% para 69% e a desaprovação recuou de 35% para 26%, e pelos entrevistados que têm entre 35 e 59 anos. Nessa faixa etária, 56% aprovam o trabalho do presidente (eram 50% em maio) e 41% desaprovam (48% em maio).
Entre as mulheres, o índice de aprovação oscilou positivamente de 54% para 57% e a desaprovação recuou de 44% para 39%. Na região Sudeste, a desaprovação recuou de 55% para 48%.
A avaliação geral do governo oscilou dentro da margem de erro e é hoje positiva para 36% (contra 33%) e negativa para 30% (contra 33%), enquanto 30% avaliam o governo como regular (eram 31% em maio).
Entrevistas de Lula
A Quaest perguntou a opinião dos eleitores sobre as entrevistas recentes de Lula a rádios, e constatou que 41% tomaram conhecimento e 59% não ouviram falar. A ampla maioria dos entrevistados concorda com as opiniões do presidente.
Para 90% o salário deve ser aumentado todo ano acima da inflação, 87% consideram muito altos os juros no Brasil, 84% consideram que as carnes consumidas pelos mais pobres deveriam ser isentas de impostos. Para 67% o governo não deve satisfação ao mercado, mas aos mais pobres, contra 29% que pensam o contrário.
Outro ponto de convergência entre as opiniões do presidente e o pensamento da população é a crítica à política de juros do Banco Central, que tem a concordância de 66% dos entrevistados e a discordância de 23%, enquanto 11% não sabem ou não responderam. A maioria, cerca de 53%, dos entrevistados não acredita que as falas do presidente tenham sido a principal razão da alta do dólar, contra 34% que responsabilizam Lula pela escalada da moeda americana e 13% que não sabem ou não responderam.
A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 8 de julho. Foram 2.000 entrevistas presenciais com eleitores de 16 anos ou mais. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95%.