O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou, nesta quarta-feira (3), o corte de R$ 25,9 bilhões em despesas sob responsabilidade do governo federal. O anúncio ocorreu após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Haddad, a determinação do chefe do Executivo é para que a pasta encontre mecanismos para o cumprimento do arcabouço fiscal, que regula o balanço entre receitas e despesas do governo.

"Tivemos a oportunidade de nos reunirmos três vezes hoje. Lula me pediu que falasse para vocês. Primeira coisa que o presidente determinou é cumprir o arcabouço fiscal. Não se discute isso. São leis que regulam as finanças no Brasil e serão cumpridas. O arcabouço será preservado a todo custo", afirmou o ministro.

Despesas obrigatórias

Haddad falou à imprensa logo após sair do encontro no Palácio do Planalto. Ele confirmou que o corte será em despesas obrigatórias, que incluem pagamento de pessoal e benefícios previdenciários.

Antecipação

Segundo o ministro, objetivo é promover o corte no orçamento de 2025, mas com a possibilidade de antecipar a redução de algumas despesas já em 2024. Para chegar às datas e medidas exatas, Haddad aguarda o próximo relatório de receitas e despesas do governo federal, a ser apresentado no dia 22 de julho.

"Serão R$ 25,9 bilhões que vão ser cortados. Foi feito com as equipes dos ministérios. Um trabalho com critérios com base em cadastro, nas leis aprovadas. Algumas dessas medidas do Orçamento de 2025 podem ser antecipadas à luz do que a Receita nos apresente no dia 22 de julho", disse o Haddad.