A medida recebeu 11 votos a favor, três contra e uma abstenção.
Como Rússia e China são membros permanentes do Conselho, seus votos contrários impedem automaticamente a aprovação do projeto.
A Argélia também votou contra. A Guiana se absteve. França, Reino Unido, Estados Unidos, Equador, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça apoiaram a medida.
A resolução, na qual os EUA têm trabalhado há semanas, apelava a “um cessar-fogo imediato e sustentado […] em conexão com a libertação de todos os reféns restantes”.
O texto também apoiava as negociações mediadas pelos EUA, Egito e Catar sobre um cessar-fogo e enfatizava o apoio à utilização do período de trégua para intensificar os esforços na busca de uma “paz duradoura”.
Nate Evans, porta-voz da missão dos EUA nas Nações Unidas, disse na quinta-feira que a resolução era um resultado de “muitas rondas de consultas” com os 15 membros do colegiado.
A proposta da resolução marcou um novo endurecimento da posição de Washington em relação a Israel.
No início da guerra, que já dura cinco meses, os EUA eram avessos à palavra “cessar-fogo” e vetaram propostas anteriores que incluíam apelos a um cessar-fogo imediato.
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse, por exemplo, depois de vetar uma resolução argelina no final de fevereiro, que um cessar-fogo “colocaria negociações sensíveis em perigo”.