“O presidente Lula nunca se disporia em fazer uma interferência direta numa empresa de capital aberto, listada em bolsa, que tem a sua governança e natureza jurídica que deve ser respeitada, até porque o Brasil é um país que respeita contrato, tem regulação estável”, disse Silveira a jornalistas.
Nos últimos dias, segundo fontes relataram à CNN, Lula estava disposto a ter o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega com voz ativa no comando da empresa, e não apenas como coadjuvante, com um assento no conselho de administração.
“Eu não tive nenhuma conversa com conselheiro em que eu tivesse citado uma indicação do ex-ministro Mantega para suceder o atual presidente da Vale”, declarou o ministro.
Entretanto, o ministro fez críticas à gestão da Vale. Para ele, a mineradora precisa ter uma interlocução mais próxima com o governo e respeitar as políticas públicas do país.
“A Vale precisa avançar muito na sua relação com a sociedade e com o governo. No meu estado [Minas Gerais], ela não tem uma boa relação com a comunidade onde ela explora o minério de ferro, ela não tem uma relação próxima e isso é importante, que ela seja aprovada pela comunidade”, acrescentou Silveira.