A Bolívia é um país associado ao Mercosul desde 1996. Entretanto, somente em 2015 deu início ao processo de adesão ao bloco. No Brasil, a pauta já havia sido aprovada pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara, em 2018, durante o governo de Michel Temer (MDB).
Contudo, na gestão de Jair Bolsonaro (PL), o acordo travou, uma vez que o então mandatário era contra a adesão da Bolívia por divergências ideológicas.
Em outubro deste ano, o plenário da Câmara aprovou, por 323 votos a 98, a adesão da Bolívia ao Mercosul. No mês seguinte, foi a vez do Senado ratificar a entrada do país andino.
Na quarta-feira (6), o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), comentou o ingresso da Bolívia ao bloco. De acordo com ele, a adesão permitirá uma maior integração regional e possibilidades de desenvolvimento.
“O Mercosul se expandirá com a adesão da Bolívia, criando um espaço ainda mais significativo de integração regional e de possibilidades de desenvolvimento compartilhado”, disse Alckmin.
O vice-presidente também declarou que o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e Singapura será a maior fonte de diversificação de exportações e investimentos da última década.
“Este será o primeiro acordo de livre-comércio do Mercosul em mais de 10 anos e o primeiro com um país asiático. Essa integração fortalece os laços econômicos entre o Brasil, o Mercosul e a região asiática, criando oportunidades para maior diversificação das exportações e investimentos.”
Durante seu discurso, Alckmin apontou ainda que o acordo aproximará os países sul-americanos das maiores economias globais.
“O Acordo de livre-comércio com Singapura, envolve não apenas mercadorias, mas favorece investimentos, fluxos de tecnologia, serviços, movimento de pessoas e segurança jurídica. Porta de entrada para a Ásia e para a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean)”, concluiu o vice-presidente.