"Ocupar a terra é defender a natureza porque o MST tem um projeto: reforma agrária popular”. Outra texto diz: “São quase 40 anos de história. Por trás de cada produção é importante lembrarmos de todas as famílias que ocuparam e resistiram", diz uma mensagem.
O tuitaço tem como intuito fortalecer o movimento em meio à CPI, comandada por bolsonaristas na Câmara. No entanto, as mensagens em prol das invasões demonstram desalinhamento frente ao Governo Federal.
Na manhã desta terça, Lula afirmou que quer que o Incra disponibilize as informações de todas as terras ociosas do país para realizar assentamento pelas vias do governo.
"Vamos fortalecer a pequena e média propriedade, vamos fortalecer o agronegócio, vamos continuar fazendo reforma agrária, porque aonde precisar assentar gente, vamos assentar. E é uma coisa importante. Eu disse para o Paulo Teixeira (ministro do Desenvolvimento Agrário) esses dias: não precisa mais invadir terra. Se quem faz o levantamento da terra improdutiva é o Incra, o Incra comunica o governo quais são as terras improdutivas que existe em cada estado brasileiro e a partir dai vamos discutir a ocupação dessa terra. É simples. Não precisa ter barulho, não precisa ter guerra. Precisa ter é competência e capacidade de ocupação".
As invasões feitas pelo MST durante o "Abril Vermelho" no início do ano criaram pressão sob o governo Lula. De um lado, o Planalto não quer desagradar sua base; de outro, tenta conquistar o agronegócio, setor alinhado ao bolsonarismo.