Em manifestação enviada ao STF, a defesa já havia informado que as senhas poderiam ter sido "fornecidas equivocadamente", dado o "comprometimento cognitivo" de Anderson Torres após a prisão.
Na última avaliação médica, no dia 1º de maio, quando Torres ainda estava preso, a psiquiatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal prescreveu antidepressivo, ansiolítico e antipsicóticos ao ex-ministro. O advogado disse que ele continuará recebendo acompanhamento psicológico e psiquiátrico.
"É óbvio que ontem a chegada na casa dele foi uma chegada muito emocionante, com as filhas que ele não via desde o momento da prisão. Eu acredito que isso vai ajudar na recuperação", afirmou. O advogado fez acenos ao STF e evitou contestar as decisões do Tribunal, que negou sucessivos pedidos para revogar a prisão preventiva de Torres.
Novacki disse que o Supremo agiu com a "energia" necessária diante da gravidade dos protestos golpistas, mas "acertou" ao liberar Anderson Torres para aguardar a conclusão do inquérito em liberdade. Ele também elogiou a "sensibilidade" do ministro Alexandre de Moraes. "Na sua casa ele [Torres] terá condições de recuperar o seu equilíbrio psíquico, ajudar a defesa e mantendo esse espírito cooperativo", defendeu. "O maior interesse no esclarecimento rápido é o ex-ministro", finalizou.