O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi reeleito presidente da Casa nesta quarta-feira (1º) com 49 votos, contra 32 de Rogério Marinho (PL-RN).
Em entrevista exclusiva à CNN após a vitória no pleito, Pacheco disse o Brasil vive um momento de polarização, e que o atual governo não tem direito de errar.
“Temos que ser otimistas que as coisas irão melhorar. Mas é um momento difícil, e temos que reconciliar. Essa polarização é nítida. Isso impõe a nós a responsabilidade de pregar paz, de reconciliar, de ser eficaz nas ações. Esse governo não tem direito de errar.”
Pacheco disse que essa polarização política no Brasil, vivida nas eleições de 2022, influenciaram na votação que ocorreu no Senado.
“Não sei se houve um terceiro turno, mas que houve uma influência da polarização nacional da política e dos adeptos e simpatizantes dos líderes políticos nacionais, trazendo para o Senado essa divisão, de fato aconteceu. Até movido muito por redes sociais que eu nunca tinha visto em uma campanha de casa legislativa”.
“Entendimento da boa maioria foi na manutenção do nosso mandato. Considero isso a vitória da democracia, preguei muito a prevalência da democracia e combate ao questionamento da democracia nacional”, completou.
Pacheco reforçou que reunir o Brasil é um propósito comum, e que irá buscar reunificar o Senado e trabalhar junto do governo federal.
“Recebo percepção atual do governo e terei um comportamento colaborativo, de cooperação, assimilando as demandas desse novo governo na busca de pacificação, e ressalvada a independência. Somos independentes do governo”.
“Sou presidente do Senado. Vou buscar reunificar o Senado e aprovar as matérias de interesse do Brasil, vindas ou não do governo federal”.
Sobre a relação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Pacheco disse que os votos dele não representam a base do governo, e que as votações na Casa dependerão das qualidades das propostas do governo.
“No Senado houve uma disputa com aliados do governo anterior. Não significa definitivamente base de governo, e o governo tem que trabalhar com as duas casas para que tenha uma base que possa votar projetos de lei. Esse é um trabalho que o governo tem que fazer e não pode depender da votação dos presidentes”.
“Ao longo do tempo isso será medido, muito em função da proposta do governo federal. Não tenho dúvida que senadores que não compõe a base de governo podem votar com o governo outras matérias e o mesmo no bloco de situação, isso vai der no dia-a-dia”.
Sobre a formação da mesa diretora, Rodrigo Pacheco disse que o campo político vitorioso terá “prioridade”.
“Mesa diretora é composta com funções administrativas, para a gestão do Senado. A formação vamos buscar fazer de hoje a amanhã, dando prioridade aos partidos políticos que fizeram parte deste campo político que foi vitorioso. Vamos ser proporcionais dentro deste campo político que nos apoiou”.