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Lula congela aproximação com militares após questionamento a urnas

Interlocutores do ex-presidente Lula avaliam que Forças Armadas agem como partido político

Publicada em 18/06/22 às 09:07h - 92 visualizações

por Kativa FM \\ SBT News


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Ex-presidente Lula decide congelar qualquer aproximação direta com a cúpula das Forças Armadas | Divulgação\\Ricardo Stuckert  (Foto: Ricardo Stuckert)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu congelar qualquer aproximação direta com a cúpula das Forças Armadas. De acordo com integrantes da campanha do petista ao Planalto, Lula não quer emprestar um status especial aos militares num momento em que o comando do Ministério da Defesa questiona aspectos técnicos das urnas eletrônicas. 

Na avaliação do candidato petista, segundo seus interlocutores, é preciso esterelizar o componente militar do processo eleitoral. Uma aproximação pública, avaliam, legitimaria os questionamentos sobre a higidez do processo eleitoral que o Ministério da Defesa vêm fazendo junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A desconfiança sobre a confiabilidade do processo é alimentada, principalmente, pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que hoje aparece atrás do petista na corrida ao Planalto.

Fazendo eco ao atual presidente do TSE, ministro Edson Fachin, o ex-presidente Lula tem dito que o momento é dos políticos e do povo se expressar em eleições livres, legítimas, em um processo eleitoral que sempre foi muito prestigiado no Brasil e respeitado no mundo. Fachin, após questionamentos sucessivos da Defesa sobre eventuais vulnerabilidades das urnas, disse que as eleições são atribuições das "forças desarmadas". Por isso, a ordem na coordenação da pré-campanha do ex-presidente Lula é priorizar as alianças e buscar o apoio da classe política e dos movimentos sociais. O recorte que aliados do petista fazem é que os militares, para ganhar espaço político e prestígio, fizeram a escolha de se alinhar ao presidente Jair Bolsonaro, obtendo em troca cargos-chave na administração.

Para a campanha de Lula, e isso tem acionado o freio de mão no estabelecimento de uma relação com os militares, a influência fardada na área política deve se dissipar caso o ex-presidente vença a disputa em outubro. Aqueles que estão em cargos de confiança iriam para a reserva ou voltariam para as Forças Armadas. Por isso, "não há nenhuma hostilidade, mas também não há o que negociar com eles", resume um ex-ministro do petista.




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