O gabinete de segurança de Israel aprovou nesta terça-feira a proposta elaborada pelos EUA, em parceria com a França. O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que estava pronto para implementar o acordo, e que Israel responderia vigorosamente se o Hezbollah violasse alguma das regras.
Em um discurso na Casa Branca, Biden defendeu o direito de Israel de se defender se o Hezbollah o descumprir os termos do acordo. A trégua deve durar 60 dias e foi elaborada com base na Resolução 1701 da ONU.
A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura. A Casa Branca também espera que o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah pressione pelo fim do conflito na Faixa de Gaza.
Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e portanto, inimigos de Israel.
Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.