O X, antigo Twitter, está suspenso no Brasil por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mas o caso não é inédito para a plataforma de Elon Musk. Outras oito nações também não permitem o uso da plataforma em seus territórios.

O Brasil se junta a países como Rússia, China, Coreia do Norte, Irã, Turcomenistão, Mianmar, Paquistão e Venezuela. A maior parte dos casos de proibição da rede social está atrelada a questões políticas e de segurança.

Por aqui, o X foi suspenso após a plataforma não indicar um representante legal no Brasil, conforme uma determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes. O embate entre a empresa e o magistrado vem de meses, culminando no bloqueio da rede social.

O primeiro país a proibir o uso da plataforma nacionalmente foi a China, quando o X ainda era chamado de Twitter. O bloqueio foi feito em 2009, dois dias antes do 20º aniversário do massacre na Praça da Paz Celestial, em Pequim.

O governo chinês, entretanto, mantém um forte controle sobre as redes sociais. Além do Twitter, Instagram, Facebook, Pinterest, Google, YouTube e até mesmo o TikTok são bloqueados – o TikTok que opera por lá é uma versão chinesa, sem liberação da versão “global”. As plataformas nacionais que fazem sucesso na China são Weibo e WeChat.

Também em 2009 houve o bloqueio do Twitter pelo Irã. A plataforma saiu do ar depois de uma onda de questionamentos sobre as eleições presidenciais daquele ano. Porém, a agência AFP afirma que a rede social ajudou a difundir os movimentos de protestos contra a repressão às mulheres em 2022, entre pessoas fora das fronteiras.

O Turcomenistão começou a bloquear o Twitter em 2010, junto com outras redes sociais. Por lá, o serviço de internet é disponibilizado exclusivamente pela empresa estatal TurkmenTelecom, e é monitorado pelas autoridades. WhatsApp, Instagram, Facebook, YouTube e outras plataformas são proibidas.

O mesmo acontece na Coreia do Norte. O país também controla o acesso à internet e não permite redes sociais como o Twitter desde 2016. A rede social chegou a ser permitida entre 2010 e 2016, quando o próprio governo manteve uma conta na plataforma, que foi encerrada junto com o bloqueio total.

Mianmar, Rússia e Paquistão foram casos de bloqueios recentes. Mianmar proibiu a plataforma em fevereiro de 2021, devido a protestos contra o golpe militar que derrubou o governo civil da ex-presidente e Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi. Desde então, os militares no poder mantêm controle da internet.

A Rússia começou a restringir o acesso também em 2021, afirmando que a plataforma veiculava “conteúdos ilegais”. O bloqueio total aconteceu em março de 2022, quando o país iniciou a Guerra na Ucrânia.

Já no Paquistão, o X deixou de ser liberado em fevereiro de 2024, após a eleição do governo apoiado pelo Exército, que alega “questões de segurança” envolvendo a plataforma.

Por fim, na Venezuela, o bloqueio foi ordenado em agosto deste ano, por um período inicial de 10 dias, com o governo alegando manifestações contra as eleições e incentivo aos protestos violentos em todo o país. Mesmo após a expiração do prazo, a rede continua bloqueada no país.