Kirby afirmou que os Estados Unidos aumentaram sua posição de força regional e compartilham as preocupações de Israel sobre um possível ataque apoiado pelos iranianos, após o Irã e o grupo islâmico palestino Hamas acusarem Israel de ter assassinado um líder do Hamas em Teerã no mês passado.
“Compartilhamos as mesmas preocupações e expectativas que nossos parceiros israelenses. Pode ser nesta semana”, disse Kirby, a repórteres.
“Temos que estar preparados para o que pode ser um conjunto significativo de ataques”, disse.
Israel tem se preparado para um grande ataque desde o mês passado, quando um míssil matou 12 jovens nas Colunas de Golã, ocupadas pelos israelenses, e Israel respondeu matando um comandante sênior do Hezbollah em Beirute.
Um dia depois daquela operação, Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, foi assassinado em Teerã, provocando promessas iranianas de retaliação contra Israel.
“Nós obviamente não queremos ver Israel tendo que se defender de outro ataque, como fizeram em abril. Mas, se for esse o caso, continuaremos a ajudá-los a se defender”, disse Kirby.
O presidente dos EUA, Joe Biden, também falou nesta segunda-feira com os líderes da França, Alemanha, Itália e Reino Unido para discutir a redução das tensões no Oriente Médio e um cessar-fogo em Gaza, disse a Casa Branca.
Numa declaração conjunta, os líderes dos cinco países disseram que endossaram um pedido dos Estados Unidos, Catar e Egito para uma renovação das negociações para um cessar-fogo em Gaza para concluir um acordo o mais rapidamente possível.
O presidente Joe Biden apresentou uma proposta de cessar-fogo em três fases num discurso proferido em 31 de maio. Desde então, Washington e mediadores regionais tentaram chegar a um acordo de cessar-fogo para reféns em Gaza, mas encontraram repetidos obstáculos.
Egito, Estados Unidos e Catar agendaram uma nova rodada de negociações de cessar-fogo para quinta-feira (15).
A declaração conjunta enfatizou que “não há mais tempo a perder”. O texto também expressou apoio a Israel contra qualquer ameaça iraniana, ao mesmo tempo que pediu a distribuição e entrega de ajuda a Gaza.
“Pedimos ao Irã que abandone as suas ameaças contínuas de um ataque militar contra Israel e discutimos as graves consequências para a segurança regional caso tal ataque ocorresse”, acrescentou a declaração conjunta dos EUA e dos seus aliados europeus.