Haniyeh foi assassinado na manhã de quarta-feira no Irã, disseram o grupo palestino e Teerã, gerando ameaças de vingança contra Israel em uma região já abalada pela guerra em Gaza e um conflito cada vez mais profundo no Líbano.
A Guarda Revolucionária do Irã confirmou a morte de Haniyeh, horas depois de ele comparecer à cerimônia de posse do novo presidente do país, e disse que estava investigando.
Haniyeh, normalmente com base no Catar, tem sido o rosto da diplomacia internacional do Hamas enquanto a guerra desencadeada pelo ataque liderado pelo Hamas a Israel em 7 de outubro se alastra em Gaza.
Ele estava participando de negociações mediadas internacionalmente para chegar a um cessar-fogo no território palestino.
O braço armado do Hamas disse em um comunicado que o assassinato de Haniyeh “levaria a batalha a novas dimensões e teria grandes repercussões”, enquanto o Irã declarou três dias de luto nacional e prometeu retaliar.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse que Israel havia fornecido os fundamentos para “punição severa para si mesmo” e que era dever de Teerã vingar a morte do líder do Hamas, já que ocorreu na capital iraniana. As forças iranianas já haviam feito ataques diretos a Israel no início da guerra de Gaza.
Não houve comentários nem reivindicação de responsabilidade de Israel. O exército israelense disse que estava avaliando a situação, mas não emitiu nenhuma nova diretriz de segurança para civis.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deve se reunir para consultas com autoridades de segurança às 10h, horário de Brasília.