Centenas de muçulmanos morreram durante a peregrinação anual à Meca – conhecida como hajj – na Arábia Saudita, devido ao forte calor. Segundo balanço da France-Presse, os óbitos chegaram a 577, incluindo 300 egípcios e 60 jordanianos. Nesta quarta-feira (19), dia final da peregrinação, os termômetros estavam marcando 43ºC.
O hajj consiste em viajar até a cidade de meca durante o último mês do calendário islâmico para realizar uma série de rituais. A peregrinação é considerada um dos cinco pilares do Islã, que deve ser realizada pelo menos uma vez na vida por todos os adultos que tenham condição física e financeira para se ausentar de casa e percorrer o trajeto.
Neste ano, o movimento reuniu 1,8 milhão de fiéis, sendo 1,6 milhão estrangeiros. Devido às altas temperaturas, muitos sofreram estresse térmico.
O cenário não é inédito. Na peregrinação de 2023, ao menos 10 mil pessoas precisaram ser atendidas por funcionários da saúde devido a problemas vinculados ao calor, enquanto 240 não resistiram. Segundo o governo, as temperaturas na área onde os rituais religiosos são realizados estão aumentando cerca de 0,4°C a cada década.
Em meio ao cenário, as autoridades aconselharam os peregrinos a usar guarda-chuvas, manter a hidratação e evitar a exposição ao sol durante as horas mais quentes do dia. O governo também contou com o uso de tecnologia avançada, como robôs inteligentes para orientar fiéis durante o trajeto e plataformas para consultas médicas virtuais.