Um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê uma ligeira queda do nível de desemprego mundial em 2024. A taxa de desocupação deve ficar em 4,9%, abaixo dos 5% de 2023.
A projeção, publicada nesse domingo (2), aponta um crescimento dos trabalhadores informais de 1,7 bilhão, em 2005, para 2 bilhões, neste ano.
O estudo também mostra que segue lento o processo de redução das desigualdades, principalmente entre os gêneros masculino e feminino.
Em economias desenvolvidas, a diferença do desemprego entre homens e mulheres é de quase três pontos percentuais. Na comparação, 9,7% das mulheres são afetadas e 7,3% dos homens estão sem emprego. Em países de baixo rendimento, a desigualdade é ainda maior: 22,8% das mulheres são impactadas, enquanto 15,3% dos homens estão desempregados.
Já sobre ganho em países de alta renda, a cada US$ 73 centavos recebidos por uma mulher, um homem recebe US$ 1.
Segundo a OIT, uma das principais razões para as diferenças é a responsabilidade familiar que as mulheres carregam. Ou seja, além da jornada de trabalho laboral ou informal, quando chegam em casa, ainda precisam trabalhar nos afazeres domésticos e no cuidado dos filhos e dos idosos, o que deveria ser dividido entre os demais responsáveis.
Essa dinâmica é refletida na taxa de desocupação. Em nível global, 45,6% das mulheres em idade ativa estão empregadas, em comparação com 69,2% dos homens.