O governo russo ainda disse que o país não está interessado nas críticas de Washington, já que os Estados Unidos estavam de fato em guerra com a Rússia na Ucrânia.
Putin obteve 87%, ou 76 milhões de votos, nesta que é de longe a maior vitória na história da Rússia pós-soviética, de acordo com resultados oficiais após quase todos os votos terem sido contados.
A participação foi superior a 77%, também a maior da história pós-soviética da Rússia.
“Esta é a confirmação mais eloquente do nível de apoio da população do país ao seu presidente e da sua consolidação em torno dele”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a jornalistas.
A Casa Branca disse que as eleições russas “obviamente não foram livres nem justas”, já que Putin prendeu os seus oponentes e impediu que outros concorressem contra ele.
“Discordamos veementemente desta avaliação dos Estados Unidos”, disse Peskov.
“Essas avaliações são esperadas e previsíveis, dado que de fato os Estados Unidos são um país profundamente envolvido na guerra na Ucrânia. Este é um país que está, de fato, em guerra conosco”, completou.
“Esta não é uma opinião que estamos prontos para ouvir ou que seja importante para nós”, concluiu.
Peskov disse que se o Ocidente quisesse falar sobre a ilegitimidade das eleições russas estaria sugerindo que 87% dos votos dados a Putin eram ilegítimos, algo que ele disse seria ridículo.
“Isso é um absurdo”, disse Peskov.
Questionado sobre os apelos de alguns ativistas da oposição russa para declarar as eleições russas ilegítimas, Peskov disse que pessoas como a viúva de Alexei Navalny, Yulia Navalnaya, perderam contato com a Rússia.
“Há muitas pessoas que se separaram completamente da sua terra natal. A Yulia Navalnaya que você mencionou está se movendo cada vez mais para este campo de pessoas”, disse Peskov.
Ele disse que essas pessoas “perdem as raízes, os laços com a sua terra natal, perdem a compreensão da sua terra natal e deixam de sentir o pulso do seu país”.