A Rússia pediu moderação e diplomacia, nesta sexta-feira (19), depois que o Irã e o Paquistão realizaram ataques com drones e mísseis em bases de grupos militantes no território um do outro.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a escalada é motivo de preocupação e, em parte, uma consequência da crise de Gaza.
Questionado sobre a situação entre o Irã e o Paquistão, ele disse que a Rússia estava mantendo contatos com ambos os lados por meio de canais diplomáticos.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse na quinta-feira (18) que os confrontos entre o Irã e o Paquistão mostram que o Irã não é bem-visto na região, enquanto a Casa Branca disse que não quer ver uma escalada.
O Paquistão lançou ataques contra militantes separatistas dentro do Irã na quinta-feira, em um ataque de retaliação dois dias depois que Teerã disse ter atingido as bases de outro grupo dentro do território paquistanês.
Presidente dos Estados Unidos e candidato à reeleição, Joe Biden, em primeiro discurso de campanha de 2024, no estado da Pensilvânia / Reprodução
“Como você pode ver, o Irã não é particularmente querido na região e estamos trabalhando agora para onde isso vai. Não sei para onde isso vai”, disse Biden.
Os Estados Unidos estão medindo forças com o Irã devido ao seu apoio aos rebeldes Houthi no Iêmen, que têm lançado ataques contra a navegação comercial no Mar Vermelho.
O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse aos repórteres no Air Force One, enquanto Biden voava para a Carolina do Norte, que Washington está monitorando de perto os confrontos Irã-Paquistão.
“Não queremos ver claramente uma escalada na Ásia Central e do Sul. E estamos em contato com os nossos parceiros paquistaneses”, disse Kirby.
Kirby disse que o ataque ao Paquistão foi outro exemplo do comportamento desestabilizador do Irã na região.