O Japão é um dos países do mundo mais suscetíveis a terremotos. E entre os eventos sísmicos que já ocorreram no local, um em especial ficou marcado como o mais forte da história japonesa. Trata-se do terremoto ocorrido em 11 de março de 2011.
Esta é a data do terremoto mais forte já registrado em terras japonesas. Conhecido como Grande Terremoto e Tsunami do Leste do Japão, atingiu a costa nordeste do país e teve uma magnitude de 9,1, de acordo com os Centros Nacionais de Informações Ambientais dos Estados Unidos (NCEI). Ele também foi o responsável pelo acidente nuclear de Fukushima.
O evento sísmico começou com um forte terremoto na costa nordeste de Honshu, a principal ilha do Japão, e deu início a uma série de grandes ondas de um tsunami que devastaram muitas áreas costeiras do país, principalmente na região de Tohoku (nordeste de Honshu), observa a Encyclopaedia Britannica (plataforma de educação e conhecimento do Reino Unido).
De acordo com o United States Geological Survey (USGS), o terremoto de 2011 foi causado por uma falha de empuxo no limite da placa da zona de subducção entre as placas do Pacífico e da América do Norte. A subducção ocorre quando uma placa oceânica submerge sob outra placa.
Como a agência aponta, essa região tem uma alta taxa de atividade sísmica, bem como a possibilidade de tsunamis.
As ondas atingiram 40 metros na Prefeitura de Iwate (nordeste do Japão), causando graves danos, como mostra esta imagem tirada em Miyako, Prefeitura de Iwate, Japão.
O terremoto gerou um tsunami que atingiu a costa japonesa em 30 minutos, com ondas que chegaram a quase 40 metros de altura na província de Iwate, no nordeste do Japão. A agência dos Estados Unidos também informa que um trecho de 2 mil quilômetros da costa do Pacífico do Japão foi atingido pelo tsunami.
O tsunami, por sua vez, interrompeu a energia e o resfriamento de três reatores da usina de Fukushima Daiichi, resultando em um grande acidente nuclear que foi classificado como nível 7 (acidente grave) na Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos devido às altas liberações radioativas, como informou o Serviço Nacional de Satélites, Dados e Informações Ambientais dos Estados Unidos (Nesdis).
O terremoto e o tsunami resultaram em perda maciça de vidas, além de devastação ambiental e danos à infraestrutura. Conforme relatado pela NCEI, a Agência Nacional de Polícia do Japão divulgou a estimativa do número de mortos em dezembro de 2020: mais de 15 mil pessoas mortas, com 2.527 desaparecidos (e supostamente também falecidos) e 6.157 feridos.
Além disso, mais de 120 mil casas foram destruídas e mais de um milhão de construções foram afetadas, com cerca de 98% desses danos tendo sido atribuídos ao tsunami.
Embora a maior parte do impacto tenha ocorrido no país asiático, o evento foi de escala global. O tsunami foi observado em medidores de maré costeira em mais de 25 países da orla do Pacífico, na Antártica e na costa oeste do Oceano Atlântico no Brasil, alerta o NCEI.
Além de ser o maior terremoto já registrado no Japão, esse evento se tornou o terceiro maior do mundo desde 1900, informam os centros norte-americanos.