A Guiana se localiza na mesma parte do continente americano que outros grandes territórios como o Brasil, o Chile e a Argentina, o que explica, em parte, porque este pequeno país passa quase despercebido na América do Sul.
Ainda assim, a Guiana é um dos países onde está a floresta amazônica – e é uma importante fonte de petróleo, minérios (como o ouro) e pedras preciosas, afirma um artigo da Agência Brasil. Essequibo, por exemplo, é uma das regiões guianense notórias por isso.
Independente apenas a partir do ano de 1966, quando deixou de ser dominada pelos britânicos, como conta a Encyclopedia Britannica (plataforma de educação do Reino Unido), essa parte do território sul-americano possui características bastante peculiares.
A seguir, conheça quatro fatos sobre a Guiana e descubra onde, exatamente, ela está localizada no Hemisfério Sul.
Ocupando um território que está de frente para o Oceano Atlântico, na parte norte da América do Sul, a Guiana faz fronteira também com o Suriname a leste, com a Venezuela a oeste e com o Brasil ao sul, informa um documento oficial do Ministério de Assuntos Exteriores da Espanha sobre o país.
Ainda de acordo com essa fonte, a Guiana é um país de planície no litoral – que também é a área agrícola local e onde se encontra 90% de sua população.
Já o interior da Guiana é mais selvagem e é onde estão suas florestas, bem como uma grande região de montanhas e savanas, conforme diz o documento.
No mapa, a localização geográfica exata da Guiana.
A Guiana tem uma população de pouco mais de 800 mil pessoas, como informa o Data Commons (site de compilação de dados do Google baseado em estatísticas governamentais, como agências de censo, até organizações como o Banco Mundial e as Nações Unidas) e uma forte mistura cultural que une os povos originários, descendentes de africanos e a herança dos colonizadores britânicos e holandeses.
National Geographic listou mais algumas curiosidades abaixo:
Apesar de estar em um continente onde praticamente todos os países falam espanhol – com exceção do Brasil, cujo idioma oficial é o português – a Guiana tem como língua oficial o inglês. Isso porque foi ocupado pelo Reino Unido em 1796 até sua independência, em meados do século 20, como afirma a Britannica.
Outra prova da presença dominante do inglês como língua local é o nome da capital do país – Georgetown – e da moeda usada, o dólar (da Guiana). Ainda assim, outros idiomas também estão presentes, como o crioulo, o hindi, o urdu, entre diversas línguas de origem indígena.
A Guiana é um destino presente na lista de quem procura ecoturismo, como conta o site do Ministério do Turismo local. Tudo por causa de sua natureza bastante inexplorada, e por pontos como as Cachoeiras de Kaieteur, considerada a maior cachoeira de queda única do mundo com 226 metros de queda, como afirma a página governamental.
Além de ser também um destino para a observação de pássaros (entre eles águias e araras-vermelhas), o país possui um popular festival hindu. Trata-se do Phagwah ou Holi, como é comumente chamado o festival, o qual marca a chegada da primavera.
Como explica o site oficial de turismo do país, o evento foi trazido para a Guiana direto das Índias Orientais através da colonização britânica, há cerca de 180 anos. Na festa, as pessoas se pintam com tintas coloridas e celebram nas ruas a chegada da primavera, sendo esta uma comemoração bastante popular.
A Britannica conta que os chamados “indo-guianenses” (guianenses descendentes do sul da Ásia) formam o maior grupo étnico do país, representando cerca de dois quintos da população.
“Seus ancestrais chegaram principalmente como trabalhadores contratados da Índia para substituir os africanos no trabalho das plantações. Atualmente, os indo-guianenses continuam sendo o principal pilar da agricultura de plantação”, informa a plataforma – o que explica também a popularidade do festival hindu no país.
Mesmo que tenham praticamente o mesmo nome, Guiana e Guiana Francesa são dois países diferentes e independentes entre si. O primeiro teve domínio britânico e, anteriormente, holandês, e agora é independente politicamente.
Já o segundo, como o próprio nome sugere, é um território ainda sob comando da França e segue sua constituição. As duas nações não compartilham fronteiras.
O nome Guiana foi dado ao país pelos povos originários que habitavam a região antes da chegada dos europeus, como conta a Encyclopedia Britannica. O significado da palavra, segundo a plataforma, é “terra da água”, em virtude da abundância de recursos naturais encontrados por lá.