O trágico acidente de Michael Schumacher, ex-automobilista alemão de Fórmula 1, é cercado de segredos. À época, em 2013, o ex-piloto teria caído enquanto andava de esqui com o filho e batido a cabeça. A queda, na estação de Meribel, nos Alpes Franceses, o deixou tetraplégico. Mas pouco se soube além disso: a família de Schumacher fez e faz o possível para manter o estado de saúde dele privado.
Para Felix Damm, advogado da família do piloto desde 2008, o motivo de todo o segredo foi motivado pelo comportamento da imprensa sobre o assunto. "Ainda tenho na minha cabeça a imagem de numerosos jornalistas e fotógrafos que durante dias depois do acidente esperaram por informações à porta do hospital de Grenoble", disse ele em entrevista ao portal alemão LTO.
Ele destaca que o comportamento da imprensa foi um dos principais motivos pelos quais a família optou por manter o estado de saúde do piloto em sigilo. "Para aliviar a pressão, as primeiras informações gerais sobre as lesões aconteceram em conferências de imprensa, com os médicos presentes. Na realidade, tratava-se de um conteúdo classificado como privado e aquilo era novo. Até então, a informação sobre assuntos privados era um absoluto tabu", relembrou ele ao LTO.
"Tentámos sempre proteger os assuntos privados. Claro que discutimos como o fazer, se um relatório final sobre o estado de saúde do Michael seria o mais correto. Mas a verdade é que nunca teria sido o relatório final, teria de haver sempre mais, constantemente atualizados", queixa-se o advogado.
Em 2015, a família de Michael Schumacher já havia gastado mais de 10 milhões de libras, ou R$ 43,6 milhões, em tratamentos desde que a lenda do automobilismo sofreu o grave acidente.