Biden ressaltou que “os conflitos podem parecer distantes”, mas que são “vitais” para a segurança dos Estados Unidos, pois, em suas palavras, as ameaças contra o país continuariam aumentando.
De acordo com o chefe de Estado, “a história nos ensinou que, quando os terroristas não pagam um preço pelo seu terror, quando os ditadores não pagam um preço pela sua agressão, eles causam mais caos, morte e mais destruição”.
O presidente prosseguiu argumentando que, se os EUA não ajudarem a “parar o apetite de Putin pelo poder e controle na Ucrânia“, o líder russo não irá parar nessa invasão, avançando para outras conquistas na Polônia e em outras nações.
Já no conflito com o Hamas, apoiar Israel faz parte do objetivo dos norte-americanos de “construir um futuro melhor para o Oriente Médio”. Ao responsabilizar a organização extremista pelos ataques terroristas, Biden diz que os EUA podem ajudar a evitar que conflitos futuros ocorram na região.
“As alianças americanas são o que nos mantêm seguros, América”, disse Biden. “Os valores americanos são o que nos torna um parceiro com quem outras nações desejam trabalhar. Colocar tudo isso em risco se nos afastarmos da Ucrânia ou virarmos as costas a Israel simplesmente não vale a pena”.
Durante o discurso, Joe Biden também comentou que os Estados Unidos não podem “dar as costas” para a Ucrânia e Israel em meio aos conflitos em que os dois países lutam.
“A liderança americana é o que mantém o mundo unido. As alianças americanas são o que nos mantêm seguros na América. Os valores americanos são o que nos tornam uma nação parceira com a qual você deseja trabalhar. Colocar tudo isso em risco – nos afastando da Ucrânia, virando as costas a Israel – simplesmente não vale a pena”, pontuou.
Assim, ele ressaltou que enviará um “pedido de orçamento urgente” ao Congresso nesta sexta-feira (20), a fim de “financiar as necessidades de segurança nacional da América para apoiar os nossos parceiros críticos, incluindo Israel e a Ucrânia”.
Ele chamou o pedido de “um compromisso sem precedentes com a segurança de Israel que irá aprimorar a vantagem militar qualitativa de Israel, com a qual nos comprometemos”.
O presidente dos Estados Unidos também prestou condolências às famílias palestinas que perderam entes queridos, destacando que não se pode desistir de uma “solução de dois Estados”.
“Israel e os palestinos merecem igualmente viver em segurança, dignidade e paz”, colocou.
Lamentando a “perda trágica de vidas palestinas”, assim como na explosão em um hospital na Faixa de Gaza na segunda-feira (16), Joe Biden afirmou que o ataque à unidade de saúde não foi feito pelos israelenses.
“Lamentamos cada vida inocente perdida. Não podemos ignorar a humanidade dos palestinos inocentes que só querem viver em paz e ter uma oportunidade”, comentou.
No início do discurso televisionado, Biden também ressaltou que estamos enfrentando “um ponto de inflexão na história” em meio à guerra em Israel.
Em seguida, renovou a promessa de resgate dos cidadãos norte-americanos que foram feitos reféns do Hamas, dizendo que a segurança deles é a prioridade mais alta para ele.
“Estamos buscando todos os caminhos para trazer seus entes queridos para casa”, adicionou.