As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que estão atacando “alvos terroristas” do Hezbollah no Líbano na manhã desta terça-feira (17), no horário local. Não foi informado o armamento utilizado, a quantidade de tropas ou quantos alvos são.
Nesta segunda-feira (16), foi ordenada a evacuação de 28 vilas a dois quilômetros da fronteira com o Líbano, em meio a embates recorrentes na área.
O último conflito armado entre os dois grupos foi no domingo (15), quando o Hezbollah lançou um míssil contra uma vila na fronteira norte de Israel, matando uma pessoa e ferindo outras três, segundo informações do grupo e de médicos israelenses.
A TV Al-Manar, do grupo paramilitar, informou que um míssil teleguiado foi usado no ataque contra “posições militares”. Em resposta, jatos israelenses atingiram alvos militares do Hezbollah, segundo as FDI.
O grupo Hezbollah afirmou em comunicado que a ofensiva do domingo (15) foi uma resposta aos ataques israelenses que mataram um jornalista da Reuters e dois civis idosos na sexta-feira (13).
Issam Abdallah, o cinegrafista da Reuters que foi morto, estava com um grupo de outros jornalistas que usavam coletes de imprensa claramente identificados quando um bombardeio israelense atingiu sua posição perto da cidade fronteiriça libanesa de Alma Chaab, de acordo com um vídeo analisado pela CNN.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram no sábado (14) que estavam investigando o incidente.
Em uma matéria publicada também no sábado, a Reuters destacou que dois de seus jornalistas que ficaram feridos no ataque e relataram que o grupo de imprensa estava filmando tiros vindos da direção de Israel quando um míssil atingiu Abdallah, em um momento em que ele estava “sentado em uma pedra baixa perto do resto do grupo”.
A Reuters ainda não determinou se Israel estava por trás do ataque, embora tenha dito que o tiro veio da direção de Israel. Alguns outros meios de comunicação, incluindo a Al Jazeera e a Associated Press, disseram que os projéteis eram israelenses.