Israel bombardeou os arredores de várias cidades fronteiriças no sul do Líbano, após uma explosão em uma cerca fronteiriça entre os dois países na tarde desta sexta-feira.
O caso, confirmado por fontes libanesas e israelenses, teria sido uma resposta a uma "tentativa de invasão" do Estado Judeu pelo norte, de acordo com autoridades em Jerusalém.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) informaram que uma explosão foi detectada na cerca de segurança próxima à cidade de Hanita, provocando "danos leves" à estrutura, em um caso investigado como uma tentativa de infiltração inimiga. Os militares israelenses afirmaram ainda que responderam à agressão com disparos de artilharia.
"[O Exército] está respondendo atualmente com disparos de artilharia ao território libanês", informaram as IDF em um comunicado.
O sul do Líbano é a área de atuação do Hezbollah, grupo considerado terrorista por Israel e que declarou apoio ao Hamas. Fontes libanesas ouvidas pela AFP confirmam a versão de que o bombardeio aconteceu após uma "tentativa de infiltração" em Israel.
Ainda de acordo com a agência francesa, os bombardeios de Israel tiveram como alvo as imediações de Dhayra e Alma al-Shaab, duas localidades perto da fronteira. Também teriam atingido um posto do Exército do Líbano.
Issam Abdallah, cinegrafista da Reuters, foi morto enquanto trabalhava no sul do Líbano, informou a agência em um comunicado nesta sexta-feira, 13. "Estamos profundamente entristecidos ao saber que nosso videógrafo, Issam Abdallah, foi morto," afirma o comunicado.
Issam estava fornecendo sinal de vídeo ao vivo em meio aos conflitos no Oriente Médio. "Estamos buscando urgentemente mais informações, trabalhando com as autoridades da região e apoiando a família e colegas de Issam," disse a Reuters.
Outros jornalistas, estes da rede Al-Jazeera e da agência francesa de notícias AFP, também foram atingidos. O momento foi registrado ao vivo e transmitido pela GloboNews. Após uma explosão, uma mulher grita que não consegue sentir suas pernas.