Escolhida como uma das sete maravilhas do mundo moderno, a Grande Muralha da China faz jus ao seu nome.
Somando toda a estrutura já construída, a muralha ultrapassa os 20 mil quilômetros de extensão, como informa a Enciclopédia Britannica, plataforma de dados voltada para a educação do Reino Unido.
A Grande Muralha, como também é chamada, corta o território chinês de leste a oeste e está entre os mais impressionantes monumentos já feitos pela humanidade. Em 1987, foi tombada como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Confira, a seguir, alguns fatos curiosos sobre a Grande Muralha da China.
A Grande Muralha da China não é obra de um único governante ou período histórico.
Por volta do ano 220 a.C., o imperador chinês Qin Shing Huang ordenou que fortificações antigas fossem conectadas de modo a formar um complexo sistema de defesa contra invasões dos povos do norte.
A construção da Grande Muralha posseguiu até o período da dinastia Ming (1368-1644), resultando na maior obra de engenharia militar de todos os tempos, segundo a Unesco.
Há uma história popularmente disseminada de que a estrutura é tão grande que pode ser vista até mesmo da Lua e do espaço. No entanto, a realidade não é exatamente essa.
Devido à poluição e à coloração característica da Grande Muralha da China, só é possível enxergá-la a partir da órbita baixa da Terra (abaixo de 2 mil quilômetros) e da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), informa a Enciclopédia Britannica.
A Nasa, agência espacial norte-americana, traz uma imagem da Muralha da China captada de cima em seu site, mas faz uma ressalva sobre o registro. “Apesar dos mitos, a muralha não é visível da Lua e é difícil ou impossível de ser vista da órbita da Terra sem as lentes de alta potência usadas para essa foto.”
A Grande Muralha da China possui torres construídas no topo de colinas. Em uma época na qual não existia telefone ou internet, essas plataformas serviam como ponto de envio de comunicação militar.
A comunicação era feita por “fogo ou lamparina durante a noite ou sinais de fumaça durante o dia”. Também eram utilizados outros métodos, como erguer faixas, bater palmas ou disparar armas, afirma a Britannica.
Os materiais usados para a construção da muralha variam de acordo com cada lugar.
Entre eles, estão terra socada, tábuas de madeira, tijolos de adobe, rochas e estacas. Em alguns pontos, penhascos e desfiladeiros substituem as estruturas feitas pelos humanos para formar a muralha.
A Enciclopédia Britannica explica que, com o passar do tempo, muitos trechos foram danificados e precisaram ser refeitos – já outros desapareceram por completo.
Obviamente, a Grande Muralha não cumpre mais a mesma função militar e de defesa territorial para a qual foi construída. Em vez disso, ela se tornou um símbolo nacional da China e um grande atrativo turístico para o país.
Como informado pela National Geographic Brasil em abril de 2023, a Grande Muralha recebe um público aproximado de 10 milhões de visitantes anualmente, segundo a recepção turística da Grande Muralha de Badaling, trecho mais visitado do monumento.