Antes de iniciar a ofensiva, Moscou havia solicitado garantias de segurança, incluindo um recuo da aliança militar no leste da Europa.
O Kremlin considera que o Ocidente trava uma guerra contra a Rússia por meio de terceiros na Ucrânia com a entrega de ajuda militar.
A presidência russa insistiu recentemente que não vê possibilidade de negociação e que não tem outra solução exceto prosseguir com a "operação militar especial", expressão utilizada pelas autoridades russas para descrever a ofensiva.
O Kremlin descartou, desta maneira, uma possível mediação da China e um apelo de trégua do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, grande aliado de Moscou.
Lavrov desembarcou na capital da Turquia para abordar a prorrogação do acordo de cereais, que permite à Ucrânia exportar sua grande produção de grãos. O Kremlin ameaçou acabar com o pacto.
O acordo, negociado em julho com a mediação da Turquia e da ONU, é crucial para a segurança alimentar mundial.
O governo russo considera que a parte do acordo que deve permitir a exportação de seus alimentos e fertilizantes não é respeitada.
"Se não acontecer nenhum avanço na retirada dos obstáculos às exportações de fertilizantes e cereais russos, então perguntaremos se este acordo é necessário", declarou Lavrov.