O Kremlin afirmou que este é um "novo agravamento da situação", já que a ampliação da Otan é um "ataque a nossa segurança e aos nossos interesses nacionais. Isto nos obriga a adotar contramedidas".
Durante décadas e apesar de sua história de tensões com a Rússia, a Finlândia optou por ser apenas um país associado da Otan, mas a ofensiva da Rússia na Ucrânia convenceu o país a abandonar sua política de não alinhamento automático e buscar a proteção da aliança.
Stoltenberg afirmou na segunda-feira, 3, que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a invasão da Ucrânia "com o claro objetivo de ter menos Otan. Mas receberá em troca exatamente o oposto".
A adesão formal da Finlândia à Otan significa que o país está automaticamente protegido pelo famoso Artigo 5 da aliança, que considera um ataque a um dos países membros um ataque contra todos os integrantes.
O país apresenta à aliança um contingente de 280.000 soldados e um dos maiores arsenais de artilharia na Europa.
A Finlândia teve bandeira hasteada nesta terça-feira, 4, na explanada da sede da Otan em Bruxelas, o que vai estabelecer de maneira simbólica o processo de integração à instituição.
A Otan é um tratado militar, criado em 1949, entre países ocidentais para frear o avanço militar da União Soviética no pós-guerra. O objetivo central é a defesa mútua, baseado no acordo de que atacar um país-membro é o mesmo que atacar todos. Atualmente, 31 países fazem parte da Otan, incluindo Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido. A sede é em Bruxelas, na Bélgica.
"Essencialmente, a Otan não só ajuda a defender o território dos seus membros, como também se empenha, sempre que possível e quando necessário, para projetar os seus valores mais longe, prevenir e gerir crises, estabilizar situações pós-conflito e apoiar a reconstrução", diz a organização em seu documento de criação.