As ações de bolsonaristas em Brasília no domingo (8) tiveram repercussão mundial — e foram repudiadas por representantes de vários países e organismos internacionais.
A invasão e a depredação de prédios públicos, como o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, geraram manifestações de diversos líderes mundiais.
Confira a seguir um resumo das principais postagens divulgadas por representantes estrangeiros nas últimas horas.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou no Twitter que "condena o ataque à democracia e à transferência pacífica de poder no Brasil".
"As instituições democráticas do Brasil têm nosso apoio total e a vontade do povo brasileiro não deve ser minada", escreveu.
Biden ainda declarou que quer trabalhar em conjunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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Ainda nos EUA, vários congressistas do Partido Democrata pediram a expulsão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está na Flórida desde 31 de dezembro.
"Nós devemos nos solidarizar com o governo democraticamente eleito de Lula. Os Estados Unidos devem parar de conceder refúgio a Bolsonaro na Flórida", afirmou Alexandria Ocasio-Cortez, deputada por Nova York.
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Dimitry Peskov, porta-voz do governo russo, disse que o Kremlin condena "de forma veemente" o que aconteceu em Brasília.
O representante ainda assegurou que a Rússia apoia o presidente Lula.
O primeiro-ministro Rishi Sunak escreveu no Twitter que "condena qualquer tentativa de minar a transferência de poder pacífica e a vontade democrática do povo do Brasil".
"O presidente Lula e o governo dele têm o apoio total do Reino Unido e espero fortalecer os laços estreitos entre nossos países nos próximos anos."
Final de Twitter post, 3
O presidente da França, Emmanuel Macron, postou uma declaração em francês e em português nas redes sociais.
Ele afirmou que "a vontade do povo brasileiro e das instituições democráticas deve ser respeitada".
"O presidente Lula pode contar com o apoio incondicional da França."
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Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República de Portugal, disse querer "exprimir o mais veemente repúdio pelo ataque ao Congresso do Brasil".
"Toda a solidariedade às instituições democráticas brasileiras e, em particular, ao Senado e à Câmara dos Representantes", disse.
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O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, emitiu uma nota em que afirma ter conversado por telefone com Lula logo após a invasão.
"Esses atos, além de inconstitucionais e ilegais, são inadmissíveis e intoleráveis na democracia, reforçando o apoio e a total solidariedade de Portugal para com o poder legitimamente eleito no Brasil."
A primeira-ministra Giorgia Meloni também expressou preocupação com a invasão de Brasília.
"O que está acontecendo no Brasil não pode nos deixar indiferentes. As imagens da irrupção nos gabinetes institucionais são inaceitáveis e incompatíveis com qualquer forma de dissidência democrática", escreveu no Twitter.
"O retorno à normalidade é urgente e nos solidarizamos com as instituições brasileiras", completou.
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O porta-voz do Ministério de Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, afirmou numa entrevista coletiva nesta segunda (9) que o país se opõe ao que aconteceu em Brasília.
"A China está acompanhando a situação cuidadosamente e se opõe firmemente ao violento ataque contra as autoridades federais ocorrido no Brasil", disse.
Além disso, Wenbin disse que o governo chinês "apoia as medidas tomadas pelo governo brasileiro para acalmar a situação, restaurar a ordem social e preservar a estabilidade nacional".
Alberto Fernandez, presidente da Argentina, escreveu que "a democracia é o único sistema político que garante liberdades e nos obriga a respeitar o veredicto popular".
"Quero expressar meu repúdio ao que está acontecendo em Brasília. [Declaro] meu apoio e o apoio do povo argentino a Lula diante dessa tentativa de golpe de Estado que está enfrentando", escreveu.
Fernandez também afirmou que, como presidente do Mercosul, colocará em alerta os países-membros do bloco. Ele disse que o objetivo é "união diante dessa inaceitável reação antidemocrática que tenta se impor no Brasil".
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Gustavo Petro, presidente da Colômbia, prestou "toda solidariedade a Lula e ao povo brasileiro"
"A direita não conseguiu manter o pacto de não violência. É hora urgente de reunir a OEA [Organização dos Estados Americanos] se ela quiser seguir viva como instituição para aplicar a carta democrática", pontuou.
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O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, compartilhou uma nota oficial do Ministério de Relações Exteriores do país, e disse "lamentar e condenar as ações que ocorreram no Brasil que atentam contra a democracia e as instituições".
Final de Twitter post, 9
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, escreveu que condena "os ataques às instituições democráticas brasileiras".
"A vontade do povo brasileiro e das instituições do país devem ser respeitadas."
"Estou confiante que isso vai acontecer. O Brasil é um grande país democrático", concluiu.
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