O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou, em entrevista à agência de notícias Tass, que funcionários do Pentágono, dos Estados Unidos, teriam ameaçado o presidente Vladimir Putin de morte.
“Washington foi mais longe. Lá, alguns ‘funcionários não identificados’ do Pentágono realmente ameaçaram realizar um ‘golpe de decapitação’ no Kremlin. Na verdade, estamos falando da ameaça de remoção física do chefe do Estado russo”, afirmou Lavrov.
“Se essas ideias são realmente alimentadas por alguém, esse alguém deve pensar com muito cuidado sobre as possíveis consequências de tais planos”, continuou.
Segundo Lavrov, os países do Ocidente “abandonaram qualquer decência”, se referindo a um possível confronto nuclear.
“A notória Liz Truss [ex-primeira-ministra do Reino Unido], que sem sombra de dúvida declarou durante o debate pré-eleitoral que estava pronta para dar a ordem para um ataque nuclear , foi claramente notado”,”
“Sem mencionar as provocações fora de escala do regime de Kiev. [O presidente ucraniano] Volodymyr Zelensky concordou em exigir ataques nucleares preventivos dos países da Otan contra a Rússia. Isso também vai além dos limites do que é permitido. No entanto, não ouvimos isso dos líderes do regime”, continuou.
Na segunda-feira (16), o ministro acusou a Ucrânia e os países do Ocidente de tentar destruir seu país e disse que Kiev tem que aceitar as exigências de Moscou para acabar com a guerra ou então assistir às forças armadas russas dominarem o campo de batalha.
Os comentários surgiram em meio a intensos combates no leste da Ucrânia, vieram um dia depois que o presidente russo, Vladimir Putin, disse que estava aberto a negociações, mas apenas nos termos de Moscou.
Isso inclui a Ucrânia reconhecer a conquista de um quinto de seu território pela Rússia. Kiev, armada e apoiada pelos Estados Unidos e seus aliados da Otan, diz que recuperará todo o território ocupado e expulsará todos os soldados russos do país.