Milhares de pessoas morrem todos os anos picadas por cobras.
Um estudo global feito na Faculdade de Saúde Pública, Ciências Médicas e Veterinárias da Universidade James Cook revelou que mais de 63 mil pessoas perdem a vida por esse motivo ao redor do mundo.
E o principal problema, segundo os pesquisadores, é que os antídotos, que são substâncias capazes de combater os efeitos do veneno da cobra, não chegam aos locais onde eles são mais necessários.
Além disso, muitos pacientes não têm acesso a equipamentos considerados essenciais na cura e tratamento das picadas mais letais.
O estudo , que foi publicado na revista cientifica Nature, descobriu, por exemplo, que a maioria das mortes por envenenamento de cobra ocorre no sul da Ásia e na África subsaariana.
Em 2019, por exemplo, ano de análise do estudo, 51 mil pessoas morreram por picada de cobra na Índia; na África, foram 1.460 óbitos apenas na Nigéria.
Pode parecer um número pequeno, se você estiver ouvindo essa notícia na cidade e nunca tiver visto uma cobra, mas para milhões de homens, mulheres e crianças em todo o mundo, o risco de picada de cobra é uma preocupação diária em suas atividades cotidianas.
No Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde, em 2020, foram registrados quase 31.400 acidentes com cobras e 121 pessoas morreram.
A jararaca é responsável por 7 em cada 10 dos acidentes no nosso país.
Para quem é picado por cobra, a orientação do Instituto Butantan, que é referência mundial no estudo de animais peçonhentos e dos venenos e toxinas por eles produzidos, é lavar o local com água e sabão, ficar deitado, elevar o membro que levou a picada e, o mais breve possível, buscar ajudar em um hospital ou posto de saúde.
Beber álcool e fazer torniquete, que são recomendações populares, não passam de mitos que podem prejudicar o tratamento.
E LEMBRE-SE SEMPRE! EM HIPÓTESE ALGUMA MATE O ANIMAL.