O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, anunciou nesta quinta-feira (14) apresentou a sua renúncia ao presidente do país.
Ele fez o anúncio apesar de ter ganho o voto de confiança do parlamento italiano nesta quinta.
“Vou apresentar minha renúncia ao presidente da República esta noite”, disse Draghi, de acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete.
“A coalizão de unidade nacional que apoiou este governo não existe mais”, acrescentou sobre sua decisão.
O pedido foi negado pelo chefe de Estado Sergio Mattarella.
Na noite de quarta-feira (13), o líder do Movimento 5 Estrelas, Giuseppe Conte, anunciou que o partido não participaria do voto de confiança do governo de Mario Draghi no Senado.
A votação abrangeu um pacote de ajuda ao custo de vida no valor de cerca de 26 bilhões de euros. Também inclui uma disposição que permite que a cidade de Roma construa um incinerador de lixo gigante — um projeto que o 5 Estrelas sempre se opôs.
Com isso, o partido se sentiu isolado por Draghi e seus parceiros de coalizão e começou a defender que o primeiro-ministro não vem fazendo o suficiente para ajudar economicamente a população.
Mesmo sem o apoio da legenda, o premiê venceu, mas aumentou as apostas dizendo que não governaria sem o apoio do 5 Estrelas.
O presidente italiano Sergio Mattarella, o árbitro supremo na política italiana, agora assume um papel central.
O chefe de Estado tinha três opções: tentar persuadir Draghi a tentar formar outro governo ou encontrar um novo líder interino para levar a Itália a uma eleição no próximo ano ou convocar uma eleição antecipada.
A Itália não tem eleições no outono desde a Segunda Guerra Mundial, pois normalmente é quando o orçamento é elaborado e aprovado pelo parlamento.
O presidente optou pelo primeiro caminho: rejeitou a renúncia e pediu que ele se dirigisse ao Parlamento para ter uma visão clara da situação política.