A terceira rodada de negociações entre russos e ucranianos terminou com novos acordos para tentar fazer funcionar os chamados corredores humanitários. O conselheiro do presidente da Ucrânia Mykhailo Podolyak publicou no Twitter que houve pequenos avanços para melhoria da logística desses corredores. Segundo ele, as consultas sobre cessar-fogo e garantias de segurança continuam.
Na reunião anterior, ocorrida na última quinta-feira, as autoridades concordaram com a criação dos corredores humanitários para evacuação de civis e para entrega de mantimentos. No entanto, no fim de semana, as duas tentativas para criação dos corredores fracassaram.
A Rússia anunciou, nesta segunda-feira, que aceita um cessar-fogo temporário e a criação de corredores humanitários em quatro cidades ucranianas: a capital Kiev, Sumy e Kharkiv ao norte, e ao sul, Mariupol. As rotas de fuga sugeridas pelo governo russo, no entanto, levam os refugiados para Belarus, país vizinho, e para o território russo.
A ministra para Recuperação de Territórios Ocupados da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, disse que a proposta é inaceitável e pediu que líderes de outros países ajudassem a encontrar uma forma de ajuda eficaz.
Segundo o governo russo, o presidente Vladimir Putin disse que o exército faz o possível para garantir a segurança de civis e que ataques pontuais são exclusivamente em instalações militares. Acrescentou que só vai suspender os ataques se Kiev aceitar as demandas russas.
O governo Putin quer a rendição da Ucrânia, o reconhecimento das áreas separatistas de Donestk e Lugansk, como repúblicas independentes, e da Crimeia, anexada pelos russos em 2014. E a garantia que a Ucrânia não vai entrar na Otan, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Já o governo da Ucrânia não aceita essas condições e quer que as tropas russas saiam imediatamente do seu território.