Segundo Jamal Abu Rida, diretor geral do Ministério de Turismo e Antiguidades de Gaza, o achado aconteceu quando operários se depararam com grandes ladrilhos do antigo cemitério romano. Até agora, apenas dois túmulos foram abertos, contendo ossos e pedaços de argila. Pelo estilo da tumba, os restos poderiam pertencer a uma pessoa que ocupou um alto cargo durante o período no qual a área estava sob controle do Império Romano, no século I.
"Gaza é rica em antiguidades descobertas, pois foi passagem comercial vital para muitas civilizações devido ao porto marítimo que atraiu as civilizações romanas e cananeias, além de ter sido porta de entrada para os antigos egípcios”, disse Rida. Ele afirmou ainda que trata-se de uma das descobertas arqueológicas mais importantes da última década na região.
A história conhecida de Gaza abrange 4.000 anos. Nesse período, a região foi governada, destruída e repovoada por várias dinastias, impérios e povos. Originalmente um assentamento cananeu, o local ficou sob o controle dos antigos egípcios por cerca de 350 anos antes de ser conquistado e se tornar uma das principais cidades dos filisteus. Gaza tornou-se parte do Império Assírio por volta de 730 a. C. Em 332 a.C., Alexandre, o Grande sitiou e capturou a cidade.
Gaza foi reconstruída pelo general romano Pompeu Magno (106 a.C. – 48 a.C.) e concedida a Herodes, o Grande, trinta anos depois. Durante todo o período romano, Gaza manteve sua prosperidade, recebendo doações de vários imperadores diferentes. Um senado de 500 membros governava a cidade, que tinha uma população diversificada de gregos, romanos, judeus, egípcios, persas e nabateus.