No nono dia da ofensiva russa, na Ucrânia, um bombardeio esta madrugada atingiu a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, localizada a 150 quilômetros ao norte da península da Crimeia já anexada por Moscou.
De acordo com Kiev, disparos de um tanque russo provocaram um incêndio que afetou um prédio de treinamento em um laboratório. Mas não atingiu os reatores nucleares. A segurança da usina está garantida por enquanto, disseram as autoridades ucranianas, que não detectaram nenhum vazamento perigoso no local.
A Agência Internacional de Energia Atômica informou que os níveis de radiação não foram alterados no local e o fogo não atingiu equipamentos essenciais. Apesar de as forças russas terem tentado impedir o trabalho dos bombeiros, de acordo com Kiev.
O exército russo ocupa os terrenos da central nuclear de Zaporizhzhia e Chernobyl.
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, acusou Moscou de recorrer ao terror nuclear e de querer repetir a catástrofe de Chernobyl, ocorrida em 1986. É a primeira vez na história que um país dispara contra uma usina nuclear, destacou o presidente, que ainda pediu uma aproximação com o Vladimir Putin para discutir a crise.
Após conversar com o presidente ucraniano por telefone, o primeiro ministro britânico, Boris Johnson, reagiu a este ataque russo a central nuclear. Ele denunciou as ações inconsequentes do presidente russo, Vladimir Putin, capazes de ameaçar a segurança de toda a Europa, segundo Boris Johnson, que pediu uma reunião de emergência com o Conselho de Segurança da ONU, nas próximas horas.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também pediu a Rússia para cessar suas atividades militares na área da usina nuclear, e a Otan condenou o ataque
Enquanto muitos ucranianos tentam fugir da guerra, voluntários de vários países estão sendo chamados para defender a Ucrânia. A RFI conversou com o brasileiro Fausto Henry, que se mobilizou com outros brasileiros para ir à guerra.
Fonte: Agencia Brasil.