“Florescendo no topo dos extintos montes submarinos vulcânicos da cordilheira de Langseth, encontramos enormes jardins de esponjas, mas não sabíamos do que eles estavam se alimentando”, disse Antje Boetius, chefe do Grupo de Pesquisa em Ecologia e Tecnologia do Mar Profundo do Instituto Max Planck. Após análises mais detalhadas, foi possível identificar como esses seres se adaptaram a um ambiente tão pobre em nutrientes.
Os resultados sugerem que as criaturas se alimentam dos restos de uma fauna extinta. “Nossa análise revelou que as esponjas possuem simbiontes microbianos capazes de usar matéria orgânica antiga. Isso permite que eles se alimentem dos restos de extintos habitantes dos montes submarinos, como os tubos de vermes compostos de proteína e quitina e outros detritos”, explicou Teresa Morganti, especialista em esponjas do Instituto Max Planck e principal autora do estudo.
A pesquisa é mais uma prova de que há muitos mistérios a serem desvendados sobre as formas de vida da Terra. “Há tanta vida com aparência alienígena, especialmente nos mares cobertos de gelo, onde mal temos a tecnologia para acessar, olhar ao redor e fazer um mapa”, disse Antje Boetius.