A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em Jataí, na Região Sudoeste de Goiás, nesta quarta-feira (4/10) durante Operação RedeX, que apura fraudes na obtenção e recebimento do seguro-desemprego.
Durante a investigação, foram confirmados 12 mil requerimentos de seguro-desemprego fraudados, acarretando um prejuízo de R$ 11.900.111,12 aos cofres públicos. Estima-se que o prejuízo evitado com a neutralização da atividade criminosa seja de mais R$ 7,2 milhões.
As investigações tiveram início em outubro de 2022, depois que a área de inteligência trabalhista do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) identificou a liberação irregular de inúmeros benefícios do seguro-desemprego, com a participação de servidores públicos e pessoas localizadas em diversas Unidades da Federação.
Além da cidade goiana, os policiais cumpriram 7 mandados de prisão preventiva, 1 mandado de prisão temporária e 13 mandados de busca e apreensão, em Cuiabá, Sinop (ambas no Mato Grosso), Macapá, no Amapá, Parauapebas, Redenção (ambas no Pará) e São Luís, no Maranhão.
Segundo a Polícia Federal, o modo de agir do grupo criminoso consistia no recrutamento de servidores públicos vinculados ao Sistema Nacional de Emprego (SINE), com promessa e pagamento de propinas, para que esses agentes públicos inserissem informações falsas no sistema do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ou emprestassem suas senhas para que outras pessoas o fizessem.
A partir daí, parcelas indevidas do seguro-desemprego eram pagas a “laranjas”, que repassavam parte do valor recebido indevidamente aos orquestradores do esquema criminoso.
Os crimes sob apuração são os de estelionato, corrupção ativa, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa (ou organização criminosa).