As sete maravilhas do mundo antigo foram realizações arquitetônicas e esculturais extraordinárias do antigo Mediterrâneo e de parte do Oriente, como define a Encyclopaedia Britannica (uma plataforma de conhecimento com origem no Reino Unido).
São consideradas também obras-primas da humanidade, reforça a Enciclopédia Iberoamericana, outro portal de conteúdo sobre conhecimentos gerais escrito por especialistas em diversas áreas.
De acordo com a Iberoamericana, há uma lista de origem desconhecida que enumera essas construções. Por volta do século 3 a.C., figuras como o poeta grego Antípatro de Sídon e o matemático Filo de Bizâncio mencionaram essas “maravilhas”, embora não haja evidências concretas sobre quem compilou a lista definitiva.
Uma representação dos Jardins Suspensos da Babilônia, esses jardins possivelmente adornavam a capital do Império Neobabilônico, construído pelo rei Nabucodonosor II.
De acordo com as duas fontes enciclopédicas, os gregos consideravam o sete um número perfeito. Essa seria a razão pela qual a lista traz essa quantidade tão grande de monumentos. Uma a uma, estas são as maravilhas do mundo antigo.
A construção dos Jardins Suspensos da Babilônia já foi creditada ao rei Nabucodonosor 2º, no século 6 a.C. para Amitis, que era sua mulher, como explica a Enciclopédia Iberoamericana.
No entanto, não há evidências arqueológicas que confirmem sua existência, e algumas teorias sugerem que elas podem ter sido construídas em Nínive (uma cidade que existiu na antiga região da Assíria), e não na Babilônia.
Construída por volta de 2.500 a.C., a Grande Pirâmide de Gizé é a única das Sete Maravilhas que ainda existe. A construção fica localizada em um platô rochoso na margem oeste do Rio Nilo, perto de Al-Jīzah (Gizé), no norte do Egito, detalha a Britannica.
Esse monumento foi construído como uma tumba para o faraó Quéops e, originalmente, a pirâmide tinha 146,5 metros de altura, embora atualmente esteja um pouco mais baixa devido à erosão e à degradação, explica a Enciclopédia Iberoamericana.
Impressão artística de como teria sido a estátua do Colosso de Rodes, uma das maravilhas do mundo antigo.
Criada pelo escultor Fídias no século 5a.C., essa estátua retratava o deus grego Zeus sentado em seu trono, observa a fonte ibero-americana. Já de acordo com a Britannica, era uma imensa estrutura de 12 metros de altura revestida de placas de ouro e marfim que ficava no templo de Zeus em Olímpia, cidade grega da antiguidade onde se realizavam os Jogos Olímpicos.
Como observa ainda a Britannica, "a descoberta, na década de 1950, dos restos da oficina de Fídias, em Olímpia, confirmou a data da estátua em cerca de 430 a.C.". O templo foi destruído em 426 d.C., e a estátua, da qual não restam cópias exatas, pode ter sido destruída naquela época ou em um incêndio em Constantinopla (atual Istambul) cerca de 50 anos depois".
O Farol de Alexandria foi construído entre 300 e 280 a.C. por Sóstrato de Cnido, um arquiteto e engenheiro grego. Estava localizado na ilha de Pharos, em frente à cidade de Alexandria, no Egito.
Com uma altura de 134 metros, era o segundo edifício mais alto do mundo antigo. Embora tenha resistido a vários terremotos, desmoronou no século 13, de acordo com a Enciclopédia Iberoamericana.
Vista das ruínas do antigo templo grego de Artemis (Templo de Diana), dedicado à deusa da fertilidade.
Esse monumento funerário era a tumba de Mausolus, um rei de Halicarnasso (antiga cidade dórica fundada pelos gregos), e foi construído no século 4 a.C. na região chamada Ásia Menor. O mausoléu foi feito de mármore branco e atingia 45 metros de altura; também era decorado com relevos feitos pelos melhores escultores gregos da época.
Acredita-se que tenha sido destruído por um terremoto entre os séculos 11 e 15, e seus restos foram reutilizados para construir edifícios locais. “Fragmentos de escultura do Mausoléu preservados no Museu Britânico incluem um friso de gregos e amazonas lutando e uma estátua de 3 metros de altura, possivelmente de Mausolus”, acrescenta a Britannica.
Essa estátua de bronze de 33 metros de altura, representando o deus Hélios, foi construída pelo escultor grego Carés de Lindos em 293 a.C. na ilha grega de Rodes. De acordo com a Enciclopédia Ibero-Americana, ela foi erguida para comemorar a vitória sobre o invasor Demétrio Poliorcetes, um dos reis da antiga Macedônia.
Das sete maravilhas do mundo antigo é a que existiu por menos tempo, pois foi destruída por um terremoto 66 anos após sua construção. Seus restos ficaram espalhados por quase mil anos antes de serem vendidos pelos otomanos no ano de 653.
O Templo de Ártemis em Éfeso foi construído no século 4 a.C. em Éfeso, atualmente no oeste da Turquia. Era conhecido por suas enormes dimensões e relevos elaborados. Tinha 115 metros de comprimento e 55 metros de largura, e era sustentado por 110 a 137 colunas de mármore com 20 metros de altura cada.
A obra foi destruída por uma invasão ostrogótica (povo de origem germânica) no século 3 d.C. e, mais tarde, pelos cristãos após a conversão do Império Romano ao cristianismo sob o comando do imperador Teodósio.