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Joana D’arc: 7 curiosidades históricas sobre a guerreira e santa francesa

Camponesa, soldado no front de guerra, herege e santa beatificada: Joana D’Arc passou por todas estas “vidas” durante sua existência.

Publicada em 29/05/24 às 11:10h - 44 visualizações

por Kativa FM \\ National Geographic


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Uma pintura representando Joana D\'Arc, (ou Jeanne d\'Arc, seu nome em francês) feita por John Everett Millais em 1865. FOTO DE JOHN EVERETT MILLAIS DOMÍNIO PÚBLICO  (Foto: Kativa FM \\ National Geographic)

Estima-se que Joana D’Arc morreu aos 19 anos de idade, em 30 de abril de 1431, após ter ido do “céu ao inferno” em sua rápida existência na França medieval governada por Carlos 7º, cujo reinado durou de 1422 a 1461. A jovem de origem camponesa é conhecida também como a Padroeira da França, e foi canonizada pelo Papa Bento 15 em maio de 1920, como detalha a Encyclopedia Britannica (plataforma de ensino e conhecimento no Reino Unido). 

Joana D’Arc se tornou um dos nomes femininos mais notórios da história francesa e sua trajetória sofreu diversos reveses, já que apesar de liderar com vitórias o exército francês na chamada Guerra dos Cem Anos (1337-1453) contra os ingleses, ela acabou queimada em uma fogueira e acusada de ser herege

De olho na data que marca a sua morte, National Geographic separou sete curiosidades históricas que reforçam o quanto única foi sua existência. 

As 7 curiosidades históricas sobre Joana D’Arc

  • Joana D’Arc dizia escutar vozes divinas: nascida na cidade francesa de Domrémy, em 1412, acredita-se que Joana era analfabeta, já que as mulheres tinham pouco ou nenhum acesso à educação na Idade Média. Na adolescência, passou a alegar que recebia visões e ouvia recados de Deus e de outros santos (como o Arcanjo Miguel) para que fosse lutar na Guerra dos Cem Anos em nome da França, segundo detalha a World History Encyclopedia. 
     
  • Joana D’Arc viu a guerra chegar ao “quintal”: na época em que decidiu lutar pela França, o reino enfrentava uma disputa pela sucessão do trono entre Carlos 7º, (filho e herdeiro do rei Carlos 6º) e o rei inglês Henrique 6º, que tinham como aliado o duque de Borgonha. Esse exército conjunto ocupava a parte norte da França, justamente onde ficava a vila na qual Joana D’Arc morava com a família, bem como a cidade de Reims, “o local tradicional para a investidura dos reis franceses”, detalha a enciclopédia britânica.
  • Joana D’Arc teria fugido de casa para se tornar guerreira: de acordo com um artigo da Agência Brasil (órgão oficial de notícias do Governo Federal brasileiro) sobre a beatificação da jovem francesa, ela teria fugido de casa aos 17 anos de idade para juntar ao exército e apresentar-se ao príncipe Carlos, que precisava ser coroado o mais rápido possível para ser um monarca legítimo. Ela acreditava que podia vencer as batalhas graças a uma intervenção divina, detalha a fonte.  
Uma estátua de Joana D'Arc com armadura de exército diante da catedral de Saint-Étienne em Meaux, ...Uma estátua de Joana D'Arc com armadura de exército diante da catedral de Saint-Étienne em Meaux, na França.
FOTO DE YANN CARADEC WORLD HISTORY ENCYCLOPEDIA (CC BY-NC-SA 4.0 DEED)
  • Joana D’Arc foi aceita no front porque a situação era “desesperadora” para a França: acreditando já ter perdido a Guerra dos Cem Anos, o Carlos foi aconselhado a aceitar a ajuda da camponesa, que estava convicta que poderia levar o exército a vencer em Orléans. Com ela, as tropas francesas partiram para o local em 27 de abril de 1429, mesmo sabendo que a cidade estava já “sitiada” por ingleses desde 12 de outubro de 1428, detalha a enciclopédia.
     
  • Ferida, Joana D’Arc venceu a primeira batalha que participou: segundo detalha a Britannica, um dos confrontos vencidos pela ex-camponesa ocorreu nos dias 6 e 7 de maio de 1429. Mesmo ferida, ela seguiu lutando, o que teria incentivado outros soldados a fazer o mesmo. Os ingleses deixaram a região e, com a vitória, Joana foi recebida por Carlos. Ela ainda se envolveu em outros cercos e batalhas, até que o exército inglês foi derrotado de vez naquela parte do território em 18 de junho de 1429, diz a fonte.   
     
  • Capturada, Joana D’Arc foi traída e torturada: após a coroação de Carlos 7º, Joana foi capturada pelo exército de Borgonha (aliado dos ingleses) e levada a julgamento, detalha a WHE. Mas o novo rei da França, e por quem ela havia lutado, nada fez para defendê-la, detalha a Britannica. Carlos deixou que a jovem passasse por um julgamento no qual acabou acusada de ser herege e condenada à morte

Joana D’Arc morreu queimada e suas cinzas foram jogadas no Rio Sena: depois de um julgamento contaminado por provas inexistentes, a jovem foi sentenciada a morrer em uma fogueira. Sua cinzas foram jogadas no Rio Sena, conta a WHE. Cerca de 20 anos depois, no entanto, pedidos da família D’Arc para que Joana não entrasse para a história como uma descrente levaram o rei Carlos 7º a ordenar uma investigação sobre a condenação. A Igreja Católica também fez o seu inquérito e por ordem do Papa Calixto 3º a sentença de Joana D’Arc foi anulada em 1455-1456, explica a Britannica.

Mais de 450 anos depois, já no século 20, Joana D’Arc foi canonizada em 16 de maio de 1920. O dia da morte da francesa, 30 de maio, se tornou um feriado nacional na França com homenagens e celebrações. 




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