Frequentemente conhecido como Império Romano do Oriente ou simplesmente Bizâncio, o Império Bizantino existiu na história da civilização entre os anos de 330 a 1453. Sua mais famosa cidade e capital foi Constantinopla, fundada pelo imperador romano Constantino I (que governou esse território de 306 a 337). Os dados são da World History Encyclopedia, uma plataforma online destinada a difundir conhecimentos de caráter histórico com versões em inglês e em espanhol.
Gigantesco, poderoso e cobiçado, o Império Bizantino foi, de acordo com a plataforma especializada em história, “a potência medieval mais duradoura”. Sua influência continua até hoje, defende o site, e pode ser vista especialmente na religião, na arte, na arquitetura e nas leis de muitos estados da Europa Ocidental, Central e Oriental, além até mesmo da Rússia.
Diante deste cenário histórico, National Geographic listou sete curiosidades surpreendentes sobre o Império Bizantino para conhecer melhor seu funcionamento. Acompanhe abaixo:
Segundo a World History Encyclopedia, Bizâncio foi um território que variou de tamanho ao longo dos muitos séculos de sua existência. Em seu apogeu, chegou a ter em seus limites as terras do que hoje seriam Itália, Grécia, países dos Balcãs, além das terras da Anatólia, do Mediterrâneo Oriental (o que inclui partes de Turquia, Síria e Líbano), além do norte da África.
A plataforma de conhecimento sobre história conta também que Bizâncio era um estado cristão, e tinha o grego como idioma oficial. Apesar dos muitos povos que conviviam nesse território, os bizantinos desenvolveram práticas religiosas, de arte e de arquitetura próprias, mesmo sob a colcha de retalhos cultural de seus habitantes.
Ter um mesmo idioma e religião oficiais era uma maneira de tentar unificar a nação, ainda que o império fosse “fortemente influenciado” pela tradição cultural greco-romana, diz a enciclopédia.
De acordo com a World History Encyclopedia, foi somente quase dois séculos depois de seu fim que o Império Bizantino ganhou este nome. Ele teria sido dado por volta do século 16, em decorrência de Constantinopla, a capital do estado, ter se chamado primeiramente Bizâncio.
Constantinopla, que é hoje onde fica Istambul, na Turquia, era o ponto central na diferenciação do Império Romano do Ocidente (com sede em Roma) e o Império Romano do Oriente.
Um mosaico bizantino que mostra um homem alimentando sua mula. Artefato do Início do período bizantino, por volta do século 6 d.C. Local: Constantinopla, (Istambul moderna, Turquia). Museu do Mosaico do Grande Palácio, Istambul, Turquia.
Por sua magnitude de tamanho, Bizâncio chegou a ter debaixo do mesmo governo cidades tão culturalmente distintas e importantes ao longo da história quanto Atenas, Alexandria, Gaza, Beirute e, claro, Constantinopla.
Em Beirute, por exemplo, ficava uma concorrida faculdade de Direito, enquanto Constantinopla se converteu na cidade cristã mais rica, luxuosa e importante do mundo medieval em sua época.
Nem todos os habitantes das terras bizantinas tinham direito a uma boa educação, explica a plataforma WHE. Tudo dependia de qual casta uma pessoa nascia, ou seja, das circunstâncias sociais de cada família.
Ainda assim, os aristocratas que tinham acesso aos estudos aprendiam sobre Filosofia (estudando Platão e Sócrates), Teologia cristã, burocracia estatal e Direito. Era ensinado também gramática, retórica, lógica, aritmética, geometria, música e astronomia.
Quem vivia em classes mais baixas não ganhava educação acadêmica, apenas religiosa, afirma a plataforma: nesta parte da sociedade, os meninos aprendiam a mesma profissão dos pais e as meninas cuidavam dos afazeres domésticos.
A plataforma de ensino sobre história comenta que tal como a educação, a variedade de comida na mesa de cada família dependia, obviamente, de suas condições sociais.
Mas, de uma maneira geral, diz a fonte, “as refeições eram uma ocasião familiar importante”. No prato de quem vivia nas classes mais baixas ou para os camponeses, havia legumes cozidos, cereais, pão, ovos, queijo e frutas. “A carne e o peixe eram reservados para ocasiões especiais”, informa a WHE.
Já nas famílias mais ricas se comia, por exemplo, carnes variadas vindas de aves selvagens, lebre, porco e cordeiro. “O azeite de oliva era um condimento comum, muitas especiarias vinham do Oriente e o vinho era bastante difundido”, explica a plataforma. E no quesito sobremesa, era popular o consumo de folhas de videira (a árvore que dá as uvas), bem como bolos recheados com groselha, nozes, canela e mel.
“Os alimentos eram, geralmente, comidos com os dedos ou com uma faca, e o garfo de duas pontas, usado pelos antigos romanos e depois esquecido, reapareceu entre a aristocracia de Bizâncio”, narra a plataforma.
Existe alguma controvérsia entre os estudiosos sobre quando – exatamente – teria se iniciado o Império Bizantino. Isso porque, de acordo com a World History Encyclopedia alguns especialistas consideram a data a partir da fundação de Constantinopla em 330, enquanto outros contam a partir da queda do Império Romano do Ocidente em 476, por exemplo, e outros ainda preferem marcar seu início a partir do fracasso do imperador Justiniano I ( 527-565) em unificar os dois impérios em 565).
No entanto, quando o assunto é o momento em que o Império Bizantino ruiu, a maioria dos historiadores está de acordo. Segundo a enciclopédia, isso ocorreu na terça-feira, 29 de maio de 1453, quando o sultão otomano Mehmed II conquistou Constantinopla.