Faltam apenas alguns dias para o início de 2024 – pelo menos no calendário gregoriano (que é aquele introduzido pelo Cristianismo no século 16) – e nos países que o seguem. Entretanto, outras culturas comemoram o chamado Ano Novo em épocas distintas que nada têm a ver com o mês de dezembro.
National Geographic separou algumas destas festividades e revela um pouco sobre como essas tradições podem ser curiosas. Acompanhe.
Marcação do tempo que vigora no Brasil e na maioria dos países do Ocidente, o Ano Novo Gregoriano começa 1º de janeiro – que é e marca o primeiro dia do calendário gregoriano, como conta o artigo da National Geographic britânica intitulado “A calendar of New Year celebrations around the world” (“Um calendário de comemorações do Ano Novo em todo o mundo”, em tradução livre).
A conhecida comemoração geralmente é marcada por ritos e cerimônias que simbolizam o descarte do ano anterior e a celebração do ano seguinte. Elas variam de país para país – mas no Brasil uma das tradições é vestir-se com roupas brancas na virada do ano para trazer paz e boa sorte.
O Ano Novo Chinês (ou Festival da Primavera) está vinculado ao calendário lunar, portanto a data exata varia de ano para ano nos calendários ocidentais, como conta um artigo sobre o tema publicado na National Geographic do Reino Unido.
O festival é típico da China e de outros países asiáticos e tem vários rituais associados a ele, como limpar as casas para se livrar da má sorte, vestir-se com a cor vermelha e soltar fogos de artifício para afastar os maus espíritos, explica a Encyclopaedia Britannica (plataforma de educação do Reino Unido). Em 2024, o Ano Novo Chinês ocorrerá em 10 de fevereiro.
Na foto se vê um festival de lanternas, um importante costume no Japão, durante a comemoração do Ano Novo Lunar.
O Noruz (também conhecido pelos nomes de Nowruz, Nouruz ou Norouz), é o dia do equinócio de primavera e é um festival antigo que marca o primeiro dia da primavera. Trata-se também do início do Ano Novo com a renovação da natureza, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
A celebração é realizada por mais de 300 milhões de pessoas em regiões como a Ásia Central, os Bálcãs, o Cáucaso, a bacia do Mar Negro, e o Oriente Médio, entre outras, e é celebrada há mais de 3 mil anos, conta a ONU.
Rituais, cerimônias e eventos culturais são realizados por cerca de duas semanas nessa época. Um importante costume característico é reunir-se para uma refeição com a família e os amigos em torno de uma mesa decorada com objetos que simbolizam pureza, brilho, vida e prosperidade, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Há também apresentações de música e dança nas ruas, rituais públicos de fogo e água, competições esportivas tradicionais e a confecção de vários artesanatos. Desde 2016, o festival está inscrito na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
Algumas pessoas pulam sobre o fogo, como nesta foto, durante a típica celebração do Nouruz ou Ano Novo Iraniano, no centro IMAN em Los Angeles, Califórnia (Estados Unidos).
O Diwali, ou "Festival das Luzes", é uma celebração hindu anual de cinco dias centrada em novos começos. Como aponta o artigo da National Geographic do Reino Unido, a data da comemoração muda anualmente, embora seja realizada, de maneira geral, entre outubro e novembro.
O evento ocorre no Amavasya (ou seja, na Lua Nova), que é a noite mais escura do calendário hindu. de acordo com informações da ONU, culturalmente o Diwali representa a vitória do bem sobre o mal, e da luz sobre a escuridão.
Dependendo do local da comemoração, os costumes podem variar. Embora seja comum que as pessoas adorem Lakshmi, a deusa hindu da riqueza, e decorem suas casas com areia colorida, pasta de arroz e flores.
Outra comemoração que dá as boas-vindas ao Ano Novo é o Rosh Hashaná ou Ano Novo Judaico. Como aponta um artigo da National Geographic Brasil, os praticantes do judaísmo seguem o calendário lunar hebraico (e não o calendário gregoriano tradicional).
Portanto, os dias são contados de forma diferente. Em 2023, por exemplo, a véspera de Ano Novo ocorreu em setembro.
Já de acordo com a National Geographic britânica, "o Rosh Hashaná é um período de reflexão para expiar qualquer irregularidade cometida durante o ano e perdoar os outros”, explica a reportagem. “Um shofar (trombeta de chifre de carneiro) é tocado antes e durante o Rosh Hashaná, e no final do período, que serve como um chamado para inspirar o exame de consciência e o crescimento para o ano seguinte".
Além disso, é uma tradição que as pessoas não trabalhem e participem de cerimônias especiais em suas sinagogas (templo judaico). Em 2024, o Ano Novo Judaico começa na noite de quarta-feira, 2 de outubro, e terminará na noite de sexta-feira, 4 de outubro.