Desde 10 de dezembro de 1901, quando foi realizada a primeira premiação, o Prêmio Nobel foi se tornando sinônimo de excelência em diversas áreas do conhecimento humano, laureando pessoas responsáveis pelas maiores realizações intelectuais no mundo anualmente, como conta a Encyclopaedia Britannica, plataforma de ensino referência no Reino Unido.
A premiação criada pelo inventor e industrial sueco Alfred Nobel e, desde 1969, consta cinco categorias oficias: Física, Química, Medicina (ou Fisiologia), Literatura e o da Paz – para pessoas que possuem um trabalho de grande relevância na promoção da paz mundial.
Ao longo de mais de um século, diversas pessoas foram premiadas e tiveram seus trabalhos reconhecidos internacionalmente por meio do Nobel. Mas quem foi a pessoa mais jovem a receber um prêmio? Veja a seguir:
A ativista paquistanesa Malala Yousafzai participou do Festival do Leitor, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, em 2023.
Quem é a pessoa mais jovem que recebeu um Prêmio Nobel?
Em 2014, foi dado o Prêmio Nobel da Paz para a pessoa mais jovem na história da premiação a ser homenageada: a jovem paquistanesa Malala Yousafzai – que na época tinha apenas 17 anos, como afirma o próprio site da do Prêmio Nobel.
Malala, que nasceu em 12 de julho de 1997 em Mingora, no Paquistão, vive atualmente no Reino Unido, e é formada em filosofia, política e economia na Universidade de Oxford, segundo a Britannica. Ela também é uma das ativistas dos Direitos Humanos mais respeitadas do mundo na atualidade.
Segundo o site do Prêmio Nobel, Malala Yousafzai recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2014 por sua luta pelo direito de todas as crianças do mundo receberem educação. Quando o movimento radical islâmico Talibã assumiu o controle do Vale do Swat, no Paquistão, em 2008, as escolas femininas foram incendiadas. Malala manteve um diário dos eventos ocorridos em sua região, que foi publicado em 2009 pela BBC Urdu.
Em seu diário, ela se manifestou contra o regime terrorista do Talibã. Um documentário norte-americano tornou Malala famosa internacionalmente. Não demorou muito para que o Talibã ameaçasse sua vida. Em 2012, Malala foi baleada na cabeça em um ônibus escolar por um atirador do Talibã. Ela sobreviveu, mas teve que fugir para a Inglaterra e viver no exílio porque seguia sendo ameaçada de morte.
Em 2013, Malala foi nomeada como uma das "100 pessoas mais influentes do mundo" por uma revista dos Estados Unidos. Na data de seu aniversário de 16 anos, Malala discursou na ONU (Organização das Nações Unidas). Em seu discurso, Malala pediu o direito igualitário à educação para meninas em todo o mundo e se tornou um símbolo dessa causa.
No ano seguinte, ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz com a seguinte mensagem ao mundo: "a luta contra a repressão de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação".