O Império Romano (27 a.C. - 476 d.C.) é um dos períodos mais importantes da história mundial. Em seu auge, tinha a maior estrutura sociopolítica do Ocidente, como conta a World Encyclopaedia of History, uma organização sem fins lucrativos que visa melhorar o ensino de história em todo o mundo.
Foi o imperador Diocleciano que, vendo que o império era grande demais para ser administrado pelo governo central, decidiu dividi-lo em dois: o Império Ocidental e o Império Oriental.
No entanto, esse não é o único fato curioso sobre esse momento histórico. National Geographic selecionou alguns deles e compartilha os detalhes a seguir: confira.
O nome Júlio César é muito importante na história de Roma. Mas, embora ele seja frequentemente considerado o primeiro imperador, essa afirmação não é totalmente correta.
De acordo com a World Encyclopaedia of History, o senado romano deu a ele o título de ditador, pois Júlio César detinha o comando supremo do exército e o poder político ao mesmo tempo. Portanto, ele nunca recebeu o título de imperador propriamente dito.
Por mais paradoxal que possa parecer, o primeiro imperador romano foi o sobrinho e herdeiro de Júlio César. Seu nome era Gaius Octavius Turinus, mas ele adotou o nome de Caesar Augustus.
O próprio senado romano concedeu a ele o título de imperador, bem como o poder do cargo, já que Caesar Augustus havia conseguido derrotar inimigos do império, alcançado a estabilidade. Ele governou o Império romano de 27 a.C. até morrer, em 14 d.C., ou seja, por mais de quatro décadas.
Augustus reformou as leis, protegeu as fronteiras e garantiu a fama do império, que tinha o maior poder político e cultural até então. A "Pax Augusta", iniciada por ele, foi um período de paz e prosperidade até então desconhecido pelo povo e que durou mais de 200 anos.
Após uma sucessão de líderes e dificuldades enfrentadas por cada um deles, houve um período chamado "a crise do Império" (que ocorreu entre 235 d.C. e 284 d.C.). Esse período é assim chamado porque Roma estava em uma constante guerra civil envolvendo vários líderes militares que buscavam assumir o controle e o poder do império.
Nessa época, já havia uma grande crise, tanto social quanto econômica. Essa última foi causada pela desvalorização da moeda romana.
Embora o imperador Aureliano tenha reunificado o império, foi Diocleciano quem decidiu dividi-lo em dois para poder administrá-lo com mais facilidade. Assim, nasceram o Império Romano do Oriente (também chamado de Império Bizantino) e o Império Romano do Ocidente.
Quando estava à frente do império (de 306 d.C. a 337 d.C.), Constantino usava o discurso de que Jesus Cristo era a figura que dava a ele legitimidade para estar no cargo, como conta a World Encyclopaedia of History. Dessa forma, ele poderia aumentar sua autoridade e poder como nem mesmo seus antecessores haviam feito.
O primeiro Concílio de Nicéia (realizado em 325 d.C.), uma reunião com a presença de bispos de todas as regiões onde havia cristãos, foi presidido por Constantino com o objetivo de estabelecer os elementos da nova fé e decidir sobre questões como a origem divina de Jesus.
Durante o encontro também foi decidido quais manuscritos seriam compilados para formar o novo livro conhecido como Bíblia, acrescenta a enciclopédia de história.
Diversos são os motivos apontados para o fim da era comandada pelo Império Romano. Entretanto, não há um consenso claro sobre os fatores específicos que levaram à queda.
Acredita-se que o cristianismo tenha desempenhado um papel importante, pois essa nova religião minou os costumes sociais do império proporcionados pelo paganismo, como afirma a enciclopédia de história.
Outros fatores foram a instabilidade política causada pelo tamanho do império, a invasão de tribos bárbaras, os interesses de cada parte do império (oriental e ocidental), a chegada de exércitos mercenários, a corrupção do governo, a forte dependência do trabalho escravo, o alto índice de desemprego e a inflação.