Durante a manhã de 7 de outubro de 2023, o Hamas (grupo palestino que governa a Faixa de Gaza) lançou a "Operação Al-Aqsa Flood" e disparou centenas de projéteis contra Israel, como informou a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).
Em resposta a esse ataque, as autoridades israelenses declararam o país em estado de guerra e muitas pessoas compartilharam nas mídias sociais que permanecem protegidas em seus bunkers domésticos.
Mas o que são bunkers e que exemplos existem deles no mundo?
Um bunker é uma construção de ferro e concreto localizada principalmente no subsolo e usada para manter cidadãos, soldados e armamentos a salvo de ataques, define a Encyclopaedia Britannica, uma plataforma de dados voltada para a educação. Além disso, os abrigos fornecem alimentos e proteção temporários para seus usuários.
Enfermeiras e crianças refugiam-se em um abrigo de pedra na Grã-Bretanha, em 1918.
Essas pequenas construções localizadas longe da superfície da terra funcionam como moradias contra, por exemplo, bombardeios ou ataques nucleares, como define também o dicionário da Real Academia Espanhola (RAE). São abrigos blindados, o que significa que são protegidos de tal forma que podem resistir a esse tipo de ataque em meio a um conflito militar.
O uso de bunker em conflitos bélicos acontece há décadas. Em 30 de abril de 1945, por exemplo, quando Adolf Hitler, o líder da Alemana nazista na Segunda Guerra Mundial, compreendeu que abatalha empreendida por ele estava perdida, cometeu suicídio em seu bunker subterrâneo.
O abrigo se localizava na cidade de Berlim e Hitler se escondia ali dos ataques a bomba e do avanço das tropas soviéticas. A alemã Eva Braun, com quem ele havia se casado pouco antes, também se suicidou com ele, como informa a Britannica.
Os restos mortais de Hitler, identificados por meio de registros dentários, foram posteriormente recuperados pela União Soviética. O líder nazista foi enterrado secretamente e depois exumado para ser cremado, afirma a enciclopédia.
Em fevereiro de 2022, a National Geographic Estados Unidos publicou um artigo fotográfico que mostrava mais de uma centena de bunkers em Tbilisi, na Geórgia, que foram abandonados após o colapso da União Soviética em 1991.
A investigação fotográfica mostra cerca de 450 bunkers somente sob a capital georgiana, um dos quais inclui um enorme painel de controle para fornecer comunicação com abrigos localizados em outras cidades do país. Esses espaços funcionavam como entradas subterrâneas para outras áreas da cidade, de modo que os soviéticos, na época, evitavam serem vistos pelo inimigo.
Até mesmo o aeroporto de Tbilisi tinha um bunker com capacidade para 150 pessoas, que eram protegidas por uma enorme porta de ferro que impedia não apenas a entrada do inimigo, mas também de qualquer outro perigo que estivesse à espreita do lado de fora.
Atualmente, muitos desses bunkers estão vazios e são controlados pelo governo nacional, exigindo autorização para entrar neles. Entretanto, revistá-los representa um risco devido às suas condições. Muitos estão danificados e parcialmente desmoronados.