Um menino, 5 anos, morreu com suspeita de H1N1 durante um surto da doença registrado na escola em que ele estudava, em Aparecida de Goiânia. O centro educacional da rede particular, situado no Jardim Ipiranga, acumula 25 casos positivos. Segundo alerta divulgado pela própria instituição nas redes sociais, os diagnósticos começaram a surgir na semana passada. Funcionários e parentes também testaram positivo para modalidade da influenza.
Na gravação, Moema Davis, diretora da unidade, revela que tudo começou na quinta-feira (10/10), após uma festinha realizada em comemoração ao Dia das Crianças. Na sexta-feira (11/10), não teve aula em razão do Dia dos Professores, mas os pais começaram a entrar em contato com a escola para informar que os filhos estavam com H1N1.
No sábado (12/10), a diretora recebeu a informação que um aluno, de 5 anos, tinha testado positivo e estava internado na UTI de um hospital. Ele não resistiu e morreu na segunda-feira (14/10).
No vídeo, a educadora mostra vinte resultados de testes positivados para influenza enquanto faz um alerta para pais e gestores escolares. “Eu estou passando por uma situação preocupante e eu acho que eu tenho a obrigação social de levantar esse alerta. Esses aqui são resultados de testes de alunos da escola, funcionários e irmãozinhos que testaram positivo, afirma a diretora.
“Isso aqui é sério! Isso aqui não é só uma gripezinha! Se seu filho está gripado não mande para escola… Isso aqui é um surto de Influenza e Influenza mata!”, desabafa.
Surto de H1N1 em escola de Aparecida afeta familiares de alunos e funcionários
Até o momento, além das crianças, a própria diretora, outros profissionais da unidade educacional, pais e irmãos de alunos já testaram positivo para h1n1, segundo a gestora da unidade.
No vídeo gravado em 16 de outubro e divulgado em redes sociais, Moema faz uma alerta para o surto da doença e disse que acionou a Vigilância Sanitária que já esteve na escola. Além disso, o centro educacional suspendeu as aulas para evitar novos casos.
A Saúde Municipal se pronunciou por meio de nota. Veja a íntegra:
“A Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia esclarece que tão logo surgiram os casos de H1N1, um que resultou em morte, a Vigilância Epidemiológica foi até à unidade, e nas crianças, professores, servidores e pais que apresentavam sintomas foi feito o painel viral na rede particular, pois este exame não está nos atendimentos dos SUS, e que a SMS está dando todo o suporte, além de acompanhar os casos. Foi feito de forma rápida todo o atendimento necessário em relação a fazer os exames, e aqueles que estão assintomáticos serão monitorados pela Vigilância Epidemiológica. A SMS esclarece ainda que diante desse surto, está atenta a novos sintomas de professores e crianças e continuará a fazer outros exames”.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirma estar ciente do caso, mas que ainda não foi formalmente notificada. Veja a nota completa:
“A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás informa que ainda não foi notificada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia, mas já está atenta ao caso e entrará em contato com a SMS por meio da Vigilância em Saúde, para acompanhar e passar as orientações à SMS local quanto as medidas preventivas, de contenção e demais cuidados, tanto na escola como em todo o município.
A SES-GO também orienta a todos os goianos para a importância de se prevenir contra a gripe, sobretudo com a vacinação. E alerta que a cobertura vacinal contra a influenza/gripe está muito abaixo do ideal, com apenas 44%, sendo que o recomendado é de pelo menos 90%.Essa situação aumenta o risco de ocorrências de surtos e elevação de casos graves.
Por fim, a pasta orienta que, nos casos de suspeita de gripe, a pessoa deve evitar contato com outras pessoas, utilizar máscara, higienizar sempre as mãos, visto que a transmissão ocorre de forma facilitada através do contato com gotículas de saliva , ao tossir , conversar, espirrar .No caso de sintomas gripais como febre, tosse, espirros, coriza associado a dificuldade para respirar (falta de ar) procurar uma unidade de saúde o mais rápido possível, principalmente se for idoso, criança e/ou imunodeprimido”.